quarta-feira, 3 de março de 2010

Sinal dos Deuses



Camaradas,

Há tempos que não registro aqui minha sabedoria. E há muito para dizer.

Mas os Deuses estão dando o sinal: não temos tempo a perder! O fim está próximo!

Depois do tsunami na ásia, terremotos e tufôes no caribe, tremores no Chile, temos uma chuva de peixes. Sim, meus amigos, dessa vez não são sapos caindo dos céus, são peixes. Peixes, como todos sabem, e os sábios sabem mais, são animais que vivem embaixo da água e, por isso, não caem do céu. Apesar de que a água, como todos sabem, caia.

É o fim dos tempos.

Como não existe salvação, divirtemo-nos!

Tendo dito, até!




Anunciaram e garantiram
Que o mundo ia se acabar
Por causa disso
Minha gente lá de casa
Começou a rezar...

E até disseram que o sol
Ia nascer antes da madrugada
Por causa disso nessa noite
Lá no morro
Não se fez batucada...

Acreditei nessa conversa mole
Pensei que o mundo ia se acabar
E fui tratando de me despedir
E sem demora fui tratando
De aproveitar...

Beijei a bôca
De quem não devia
Peguei na mão
De quem não conhecia
Dancei um samba
Em traje de maiô
E o tal do mundo
Não se acabou...

Chamei um gajo
Com quem não me dava
E perdoei a sua ingratidão
E festejando o acontecimento
Gastei com ele
Mais de quinhentão...

Agora eu soube
Que o gajo anda
Dizendo coisa
Que não se passou
E, vai ter barulho
E vai ter confusão
Porque o mundo não se acabou...

Beijei a bôca
De quem não devia
Peguei na mão
De quem não conhecia
Dancei um samba
Em traje de maiô
E o tal do mundo
Não se acabou..

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Coisas mais...

Sábios, como andamos sumidos!!!

Passo, pois, para divulgar um novo espaço para se discutir coisas que importam, o Coisas Mais...



http://coisasmais.wordpress.com

Visitem, comentem, sugiram, enfim, polemizem!

Até!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Cerveja!



Camaradas!

Feliz ano novo! Que todos os sonhos se realizem e que, portanto, o mundo torne-se totalmente surreal!

Já faz algum tempo que sábias palavras não são professadas nesse portal. Para compensar o silêncio, apresento-lhes o resultado impressionante de uma profissional degustação às cegas de cerveja:

Vamos às regras:

- Quatro sábios reunidos, coordenados por um quinto, Isaac, que coordenou a competição.
- Oito marcas de cerveja: Heineken e Bohemia, representando as “prime”; Skol, Brahma, Antarctica e Itaipava, representando as pilsen mais comuns e; Sol e Bavária, representando as “populares”.
- Cada sábio deveria reconhecer a cerveja que experimentava.
- Além disso, deveria indicar as cervejas que considerava preferida e também aquelas que menos agradavam seu paladar.


Com a plêiade reunida, depois de muitas provas, comparações e reflexões que misturavam conhecimentos, paladares, influências midiáticas e também uma ligeira dose de álcool, chegamos aos resultados:



Notem, caros leitores que mesmo os sábios são incapazes de reconhecer o sabor das cervejas mais comuns do mercado brasileiro. Das oito marcas, a melhor percepção foi a da Sábia Alice, que reconheceu três delas.

Mesmo assim, há alguns resultados interessantes que merecem comentário. O mais imediato é que quase todos os sábios identificaram a Heineken, menos eu. Ponto negativo pra mim. Mas todos nós registramos nossa preferência por essa cerveja o que, num mercado perfeito, justificaria o posicionamento de seu preço acima das concorrentes. Afinal, esse é o caso.

O outro resultado, bastante curioso, é que dentre as demais cervejas não houve nenhuma espécie de convergência de opinião. E que marcas que usualmente são desmerecidas pelo público que se auto-afirma entender de cerveja, como a Bavária por exemplo, não são identificáveis. Mais grave: foram confundidas com a cara Bohemia e a tradicional Brahma. Nesse caso, ponto positivo pra mim.

Talvez o resultado mais consistente tenha sido com a avaliação da Antarctica que quase todos consideraram ser a Bavária, talvez porque não tenham gostado do seu sabor e consideram essa última marca uma porcaria. Vamos lembrar que a autorização para a criação da AMBEV considerou que vender a Bavária seria suficiente para manter a concorrência no mercado...



Triste foi ver a Itaipava, valente paladina que compete com a gigante belga, ser tão mal avaliada pelos sábios. Dois deles apontaram desgostar da marca.

Como resultado final, podemos admitir que, para além da Heineken, todas são praticamente a mesma coisa. Numa festa, compre a mais barata e sirva sem mostrar o rótulo.

Tendo dito, até!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Le Beaujolais Nouveau Est Arrivé!



Camaradas,

Acabei de receber carta da minha importadora favorita de vinhos recomendando que “eu não perca tempo e aproveite a chegada do Beujolais Nouveu”. Há muitas coisas que me causam raiva na vida cotidiana e na observação do capitalismo, dos mercados e das coisas – há sempre especialistas em coisas – mas esse Bouujolais Nouveau é algo que me tira do sério.


Grande engodo mercadológico desses franceses! E eu adoro os franceses. Em quase tudo. Menos na extrema esperteza que eles têm em sacanear os não-franceses. São como cariocas. Só que civilizados.

O Beaujolaix Nuveau é uma porcaria que precisava ser vendida rápido e montou-se o mais eficiente sistema de distribuição mundial para levar garrafas de vinho a japoneses e novos-qualquer-coisa do mundo o mais rápido possível.

Não vale o quanto custa.

Não vale o quanto pesa.

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Nota do keynesiano: dá empregos a rodo pelo mundo afora.

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Nota do sábio: que idioma complicado...

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Tendo dito, até!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Calor, muito calor

Camaradas,

As delícias da primavera, seu frescor e sua paixão são memórias. Algumas mais vagas e distantes que outras. O frescor é muito vago...


Está tão calor que até os copos de chope derretem.

A paixão é uma saudade...


(eu adoro esses dois aí. e essa música é impressionante: como o cara conseguiu colocar tantas sílabas em tão poucos tempos?)

tendo dito, até!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Cotidiano 2

Camaradas,

Falando em surrealismo do cotidiado, registrei a prova da minha incapacidade de ler coisas. Ou talvez do meu analfabetismo. Várias vezes incorri no erro de colocar adoçante na batata frita. É simples: as marcas de pozinhos têm, em geral, três tamanhos. Um, mais esticado e maior, destinado a qguardar açucar. Os outros dois, com formatos próximos a um quadrado, menores, guardam adoçante e sal. Mas são embalagens quase do mesmo tamanho e quase das mesmas cores.



Aposto que outros tiveram experiências semelhantes, causadas pelo sarcasmo dos fabricantes de saquinhos que gostam de debochar dos pobres consumidores incautos. (ou pelo excesso de chope).

Por um mundo sem enganação! Pelo fim da exploração do homem pelo homem! Pelo fim da exploração do homem pela mulher! Pela diferenciação clara dos saquinhos de sal e adoçante!

Tendo dito, até!


(Registre-se que a punjante economia fluminense é incapaz de produzir sal. Importa-se da metrópole)