sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Um dia de Glória



Camaradas,

Estou emocionado. Toda uma vida de busca por respostas se encerrou hoje. Sou um homem completo. Um sábio por inteiro. Eu saí da caverna, vi a luz e a verdade sobre as sombras falantes. Cheguei ao nirvana. Alcancei o reino das idéias! Hoje é um dia ainda maior do que eu anunciei nessa mesma tarde!

Durante intensa pesquisa com o sábio Felix Bueller obtive a resposta para o primeiro grande mistério da tecnologia, sobre como funciona a pistola do master system. Transcrevo a explicação abaixo.

Por ora, anuncio que adentrei uma nova fase: uma era de plenitude. Todas as questões importantes já foram solucionadas e agora pode haver paz.

Esvaziarei um cachorrinho em homenagem a esse dia!

Tendo dito, até!

http://mundoestranho.abril.com.br/perguntaresposta/conteudo_75042.shtml

Como funcionam as pistolas de videogame?
Por Fernando Tió Neto

Henrique Delfino Almeida Alves, Brasília, DF

Muita gente pensa que a tela dos games e arcades é sensível a um disparo de luz da pistola. Errado. A pistola é que é sensível à luz que vem da tela.

A grande sacada é que dentro das armas de brinquedo há um fotorreceptor, um componente eletrônico que detecta raios de luz. Funciona assim: toda vez que o jogador puxa o gatilho da arma, a tela fica preta por uma fração de segundo, exceto o alvo, que continua brilhando. Se o fotorreceptor estiver apontado exatamente na direção da luz emitida pelo alvo - ou seja, se o jogador acertar a mira -, o componente é ativado e manda uma mensagem para o console do game, avisando que o alvo foi detonado. Esse sistema, inventado na década de 1960, é bem preciso: normalmente, os feixes de luz da tela só ativam os fotorreceptores da pistola se a mira estiver a até um centímetro do centro do alvo. Outra coisa: não dá pra "enganar" o videogame. Algum espertinho já deve estar planejando colocar, por exemplo, uma lanterna perto da tela pra burlar o esquema. "Jogando a luz da lanterna na pistola, o console vai achar que eu acertei o alvo. Huahuahua", você pode pensar. Não funciona. Os fotorreceptores usados em games são calibrados para serem ativados apenas por uma certa quantidade de luz - a unidade de medida de luminosidade é o lúmen. Um televisor ou um monitor de arcade emite, em média, 2 000 lumens. Qualquer luminosidade acima ou abaixo desse valor não sensibiliza a pistola. No nosso exemplo de fraude, uma lampadinha de lanterna gera apenas cerca de 500 lumens. Ou seja, o melhor é treinar bem a pontaria. :-D

LUZES, ARMAS, AÇÃO!
Tela do game emite partículas de luz que acionam a pistola do jogador

1- O componente principal de um jogo de tiro fica embutido na saída do cano da arma. É o fotorreceptor, um dispositivo sensível à luz. Enquanto o jogador não puxa o gatilho, ele fica desligado. Na hora do disparo, ele vai ser essencial para detonar o inimigo

2- A tela "normal" que a gente vê nos videogames e arcades exibe animações programadas por computador. Nos jogos de tiro, as animações mais comuns são os inimigos que o jogador deve eliminar. Ao mostrar essas imagens, a tela emite luz

3- Quando o jogador puxa o gatilho da arma para matar um inimigo, a pistola faz duas operações. Primeiro, aciona o fotorreceptor. Em seguida, usando um emissor de ondas de rádio, envia a informação do disparo para o console do videogame

4- Dentro do videogame, um microprocessador recebe a mensagem da arma e envia uma ordem para o programa do jogo. Por um piscar de olhos, o software faz a tela do jogo apagar. A única coisa que continua brilhando é o alvo que o jogador quer detonar

5- Se a arma estiver apontada bem na direção do alvo luminoso, os feixes de luz atingem o fotorreceptor. Quando isso acontece, a arma usa novamente o emissor de ondas de rádio para avisar ao microprocessador do videogame que o inimigo foi abatido

6- Depois de receber essa segunda mensagem, o microprocessador envia outra ordem para o programa do jogo. Desta vez, o software faz a tela do videogame mostrar uma animação com o alvo sendo derrubado e computa os pontos pela pontaria certeira

Mistério da tecnologia é desvendado


Camaradas,

Sempre fui um entusiasta da tecnologia pelo seu caráter dinâmico e transformador, solucionadora e criadora de problemas. A tecnologia me encanta. Como sábio, compreendo o funcionamento de muitas tecnologias e, sempre que um novo fenômeno surge, busco no Conselho explicações para possíveis indagações.

Muitas dúvidas me foram sanadas, mas duas questões pertinentes ficaram sem solução. Eu costumo chamar essas de “grandes mistérios da tecnologia” e lanço o desafio para outros Sábios, ou aspirantes a sábio, para que me expliquem:

1) como funciona a pistola do máster system (videogame ancião)?

2) como as listras da pasta de dentes saem regularmente mesmo se a gente esmaga o tubo?

Pois bem, por anos essas duas questões me tiraram o sono. Foram longas madrugadas estudando, intermináveis debates na academia, muita pesquisa nas bibliotecas mais importantes. Nada. Nada conseguiu elucidar os grandes mistérios da tecnologia.

Até hoje. Que o dia 11 de janeiro seja lembrado como o dia da solução de um dos grandes enigmas da tecnologia. Que seja um feriado nacional! Uma amiga abriu a caixa do saber e de lá trouxe a explicação sobre as listras da pasta de dentes! Fiquei tão emocionado que reproduzo a explicação na íntegra logo abaixo.

Saúde a todos! Vamos brindar ao saber! Resta agora apenas um grande mistério e aquele que conseguir solucioná-lo será alçado à categoria de Sábio, a mesma que recomendo a essa nobre amiga!

-*-*-*-

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,6752,OI297544-EI1426,00.html

Como conseguem fazer a pasta de dentes com linhas coloridas sem que elas se misturem dentro do tubo?

O segredo da textura colorida dos cremes dentais é a forma de rechear os tubos. Além disto um acessório muito especial ajuda na "tarefa gráfica".

Perto da boca do tubo se situa um anel com dois ou quatro orifícios que deixam sair o gel colorido contido em pequenos compartimentos que ocupam praticamente toda a parte da frente do tubo. Enquanto isto, a pasta branca ocupa a parte traseira.

Uma vez criado o tubo com seu bocal diferenciado é hora de colocar seu conteúdo. Isto é feito pela parte de trás e não através do bocal, recheia-se pela parte inferior do tubo, selando a continuação.

Primeiro é introduzido o corante ou gel que vai para o compartimento especial que mencionamos antes. Depois, se introduz a pasta de dentes. Esta vai pressionar o corante quando apertamos o tubo. Assim a massa é impulsionada para o bocal de saída, onde ganha as linhas de cor através dos orifícios, formando a pasta rajada que nos é tão familiar.


quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Papai Noel visitou o Masp

Camaradas,

Os quadros achados do MASP são falsos. Claro! Todos nós acreditamos no papai Noel, acreditamos que o Lula não sabia de nada, acreditamos que existe a área 51 (nos EUA, não a de Pirassununga), acreditamos que Sadam tinha armas de destruição em massa e agora acreditamos também que acharam os quadros roubados.

Tudo balela. Os quadros nesse momento já estão na parede de um belo palacete em Dubai, ou mesmo em Moscou. Para desviar a atenção, “acharam” os quadros. Desde quando a polícia procurava por quadros na ZL de São Paulo? Tenham dó...

Eu sempre fico impressionado com a nossa capacidade de engolir o que é repetido milhares de vezes. Goebbles estava certo. Tão certo que teve a petulância de assumir sua certeza. Repito as palavras de JFK, que o sábio Leon citou hoje, mais cedo, "As pessoas vão pensar o que eu quero que elas pensem."

Espero que os leitores também acreditem no que a gente diz por aqui...

Acessos em franca expansão

Aos usuários,

É com muito orgulho que nós, sábios, constatamos que em menos de uma semana o nosso blog se tornou uma febre mundial. São milhares e milhares de pessoas que nos acessam diariamente apenas para saber quais são as novas reflexões em voga. As nossas idéias se expandem numa velocidade impressionante. Nos mais diversos círculos da intelectualidade brasileira, como a Academia Brasileira de Letras, Escola das Garças e o Filial as idéias dos neo-sábios é dominante.

Mas como somos grandes sábios que pregam o universalismo das idéias, somos lidos em mais de um continente. Como se vê em nosso mapa de acessos, não estamos presentes apenas no Brasil, como também no Peru, EUA (costa leste e oeste!!!) e Europa. Só no velho continente, todos os países que já constituíram impérios ultra-mares já nos acessaram!



O céu é o nosso limite, ou como já diria um grupo de moleque de Liverpool, nós somos quase mais populares que cristo!

Para finalizar, cito as palavras de outro grande sábio, Charles Foster Kane : "As pessoas vão pensar o que eu quero que elas pensem."


Sobre álcool e exercícios

Camaradas,

Eu e os outros boêmios há muito sabemos das benesses que o álcool produz sobre o condicionamento físico do sujeito. Mais do que tornar o mundo aprazível, as mulheres mais bonitas, os amigos mais interessantes, o álcool tem propriedades benéficas para a circulação social e também sanguínea. Meu cardiologista sempre me lembra que o álcool quebra a gordura que se acumula nas veias e evita que elas entupam.

Um brinde ao álcool!

Para além disso tudo, que é conhecimento de domínio público, os cientistas estão concluindo aquilo que os boêmios já sabiam: é melhor ser um sedentário bêbado do que um sedentário abstêmio. Sim, isso mesmo. Beber é mais saudável que não beber.

Veja no UOL: http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/bbc/2008/01/09/ult4432u921.jhtm

Tenho como premissa, alguns vão perguntar, que esporte faz mal. E faz mal mesmo. As pessoas quebram pernas, deslocam músculos, se cansam e o pior de tudo, suam. Lembro das sábias palavras de Dorival Caymmi que, ao ser perguntado sobre o segredo de sua longevidade respondeu: “Esporte, meu filho, esporte. Nunca chegue perto!”.

E para terminar, uma sábia canção cuja autoria eu solenemente desconheço. Quem souber, por favor, me informe.

Eu bebo sim Eu tô vivendo
Tem gente que não bebe
E tá morrendo

Tem gente que já tá com o pé na cova
Não bebeu e isso prova
Que a bebida não faz mal
Um pro santo, desce o choro, a saideira
Desce toda a prateleira
Diz que a vida tá legal

Tem gente que detesta um pileque
Diz que é coisa de moleque
Cafajeste ou coisa assim

Mas essa gente
Quando tá com a cara cheia
Vira chave de cadeia
Esvazia o botequim

Bebida não faz mal a ninguém
Água faz mal à saúde

Até que eles nem eram tão bárbaros assim...

Continuando com minhas intervenções que investigam a essência da alma humana, deparo-me neste texto com uma faceta largamente conhecida dos povos antepassados: o sacrifício humano em serviço a um deus qualquer.

A prática do sacríficio humano esteve presente em toda história dos povos passados. Dos Astecas ao aborígenes da Oceania, o ato de sacrificar crianças, doentes, prisioneiros, ou inimigos, era uma oferenda aos deuses. Para católicos, o sacrífico de Cristo na cruz foi uma representação de redenção dos homens pecadores. Como esquecer também Abrãao, que para demonstrar a sua fé a Deus, quase assassinou o seu próprio filho?!

Voltando ao povo Asteca, dizem os livros que os espanhóis se assustaram encontrar tamanha carnificina deste povo. Esse povo da América Central praticava dois tipos de sacrifícios. O primeiro, dedicado a Huitzilopochtli ou Tezcatlipoca: o sacrificado era colocado em uma pedra por quatro sacerdotes, e um quinto sacerdote extraía, com uma faca, o coração do guerreiro vivo para alimentar seu deus. O segundo era dedicado a Tlaloc: anualmente eram sacrificados crianças no cume da montanha. Acreditava-se que quanto mais as crianças chorassem, mais chuva o deus proveria.

Tudo o que descrevi até aqui, remete a tempos passados, a práticas rudimentares de oferendas a Deus. Após as revoluções das idéias no século XIX, diria algum leigo, o sacrifício humano como oferenda a deuses não faria mais parte da vida humana, pois a secularização do Estado e o desenvolvimento de uma compreensão racional da natureza teriam eliminado do globo as visões teológicas e brutais da vida humana. Certo? Não, errado!

Poucos podem distinguir, muito provavelmente sábios como os deste blog, o grande Deus do mundo burguês e iluminista, fruto das revoluções dos últimos 2 séculos. É o famigerado Deus Mercado (como vemos ao lado, representado por sacerdote burguês sendo conduzido pela mão invisível do Deus Mercado). A religião do Mercado, contra qualquer forma de intervencionismo pagão, rende inúmeros frutos para os seres terrestres do seu sistema. O sistema de preços, o equivalente ao anjo Gabriel pros católicos, permite que o mundo seja transparente e eficiente. Como imaginar um mundo fora do ótimo de Pareto?

Por outro lado, nós que seguimos cegamente os preceitos dessa religião praticamos diariamente sacrifícios ao Deus Mercado. Jornadas infinitas de trabalho, tardes ensoloradas dentro do escritório, países sem subsídios e gente morrende de fome são alguns dos exemplos mais óbvios.

De que serviu todo esse palavrório? Apenas para esclarecer como o Homem, um ser que se pensa tão imponente e poderoso, é no limite um masoquista, que consegue só consegue viver debaixo de chibatadas. Essa é a explicação por tanto amor aos sacrifícios terrenos e o esclarecimento mais oportuno da essência da alma humana. Acreditem ou não.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Saudações



Salve, salve amigos comparsas sábios e a todos aqueles de desfrutam de nossa sabedoria.

Começa aqui o grande legado da ala conservadora do conselho de sábios.
Sempre a favor da livre iniciativa e dos mecanismos de mercado!
Por enquanto me atenho a um simples cumprimento a todos.
Porém em breve iniciarei aqui uma grande série temática de História Simulada conhecida por: "Como seria se"...

Temas de relevância para a vida da humanidade serão abordados. Por exemplo:

Como seria se... todos virassem vegetarianos
Como seria se... as drogas fossem liberadas
Como seria se... o Brasil tivesse invadido a Bolívia
Como seria se... o Brasil tivesse vencido a copa de 98
Como seria se... outro molusco diferente da Lula vencesse as eleições no Brasil (no caso o Vôngole)


Lula Versus Vôngole, quem lhe parece mais competente (o Brasil podia estar melhor...) ?

X



Quero deixar bem claro que isso é SIMULAÇÃO e não IMAGINAÇÃO. Ou seja, as conseqüências aqui abordadas teriam probabilidade de ocorrência próximas de 1, veja: lim t--> ∞ (hipóteses<ε) =1, é consistente!!!

Além claro de tudo isso, questões sobre física quântica eventualmente serão abordadas.

No entanto não posso me furtar de um comentário acerca do roubo no Masp, discordando um pouco do Sábio Carlos Josenberg .

Certamente a estatização não é a solução! Propor que o estado cuide disso terá mais efeitos nefastos: aumento de tributos e estrutura burocrática ineficiente. Por outro lado a estrutura atual, apesar de privada, não tem funcionado. Porque? Simples: ela gera incentivos errados.

A atual estrutura conta com um conselho de velhos que elege um presidente que por sua vez que escolhe o conselho. Mais parece um clube de futebol.

Se a estrutura administrativa fosse de uma entidade com fins lucrativos e capital aberto haveria a busca pela eficiência e os detentores do capital (que poderia ser qualquer um: eu, você ou seu vizinho. Isso sim é propriedade pública hein?) seriam, em teoria, os responsáveis pela fiscalização em direção à necessária eficiência. Assim, poderíamos ter pessoas admistrando os museus que arbitrariam os valores das obras no milionário mercado das artes, comprando e vendendo obras (o que tornaria os museus mais atrativos para visitantes). Mas não se preocupem: teríamos sim acervos fixos dados como garantia caso um choque jogasse os lucros do museu para baixo (rs...). Mas porque este lindo cenário não é possível?
O grande problema reside no fato dos brasileiros infelizmente não saberem o valor da arte uma vez que somos um povo com baixa educação. Portanto não damos o devido valor a bens culturais. Se um povo atribui, na linguagem econômica, baixa utilidade a um bem este terá um baixo preço e, consequentemente, pouco investimento será realizado naquela área.

Me lembro que em viagem recente à Londres passei pelo National Gallery. Lá pude ver que as escolas delocavam parte substancial de seu tempo a levar as crianças ao museu (o mesmo ocorre em cidades menores como Liverpool). Sei que este tipo de coisa também ocorre no Masp. Mas isso ainda é incipiente. Cidades brasileiras do tamanho de Liverpool não têm oferta de bens culturais e não propiciam este tipo de educação aos indivíduos. Em termos relativos, uma parcela ínfima da população aprende o valor dessas coisas não incentivando o mercado a investir nisso.

Solução: Ainda indissolúvel.

Mas, no entanto, concordo plenamente Carlos: o Lavrador de Café é muito melhor!

Viva o Liberalismo!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

eleições nos EUA (parte I)

Camaradas,

Prometo que é o último post de hoje.

Por esporte, e preocupação com o futuro dos meus sobrinhos (eu mesmo jamais deixarei o legado de nossa miséria) acompanho com alguma proximidade as eleições dos lugares que importam. Certamente o lugar que mais importa é a América, terra de liberdade e oportunidade.

Comprei minhas cervejas e salgadinhos e fico na frente da TV tocendo pra Hilary, como se ela fosse um time de futebol. Eu simpatizo muito com a dona. Lembro dos caretas anos 1990, quando a humanidade podia se dar ao luxo de se preocupar se o presidente dos EUA, na época marido dessa senhora, tinha penetrado ou não uma estagiária feia. Hoje as preocupações são outras. Mas à época, essa distinta senhora não se abalou e liberou o maridão do pecado. Foi lindo.

Pela ala dos intervencionistas, aumentadores de impostos e fumadores de maconha disputam Hilary e seu simpático colega Obama, que já falou que vai desencanar de perseguir o Osama.

Todos os semi-sábios que lêem essa coluna sabem o que se passa. Na verdade, só postei esse texto para incluir esse delicioso vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=NWA6rwhPGBg

Tendo mostrado, até!

Acharam as obras do Masp

Camaradas,

estou muito contente que acharam as obras roubadas do Masp. Não que eu gostasse muito de "O retrato de Suzanne Bloch", mas devo reconhecer seu valor artístico. Do "Lavrador de Café", porém, eu gosto bastante.

Espero que o pessoal de lá agora cuide melhor do acervo. E que estatizem!

tendo dito, até!

Em defesa de Eva Green

Camaradas,

É muito bom saber que esse blog é lido e comentado por muitos. Toda a opinião deve ser respeitada. Mas eu lembro aos leitores que os únicos qualificados como sábios são os cinco que aqui escrevem, incluindo a minha pessoa. Palavra de autoridade. Eva Green é sensacional e ponto.

Uma imagem vale por mais de mil palavras. Algumas imagens talvez sejam suficientes para convencer qualquer tribunal. Já que esse blog é liberado para todas as idades, me atenho a imagens da moça vestida.

Tendo provado, até!

O Porquinho da Índia Vs. o Hamster da Síria

Camaradas,

O sábio Leon nos iluminou com belas palavras sobre suas relações extra-espécie com porquinhos da Índia. Sem dúvida, são seres bem fofinhos e até divertidos. Não cabe a mim discutir suas paixões juvenis. O amor e os sentimentos são inexplicáveis. Um homem amando é capaz de coisas inacreditáveis.

O que eu penso é que o porquinho da Índia é um bicho bem sem graça. Bacana mesmo é o hamster da Síria. Sim, esse animal peculiar é bem parecido com o porquinho da Índia. Um leigo é capaz de confundi-los num pet shop. Entretanto, o hamster da Síria é o animal mais honesto do planeta. Como primeira namorada, eu certamente o teria preferido. Minhas primeiras relações amorosas, porém, ficam para um outro post...

O hamster da Síria prefere álcool a qualquer outra coisa. Ele troca tudo por uma birita. Sim, seu fígado é tão desenvolvido que consegue absorver qualquer quantidade de espíritos sem perder a sobriedade. Estudos de pesquisadores da Universidade de Londres, publicados na respeitada Nature (no. 131, março 2005) mostram que se o ser humano tivesse um fígado proporcional ao desse animal, seria capaz de ingerir algo como seis garrafas de uísque por dia sem perder as habilidades motoras.

Sim, preferências lexicográficas! Esse talvez seja o único exemplo real desse tipo único de preferências, conforme pesquisadores da London School of Economics (Jornal of Economic Literature, num. 89 vol. 2, 2006, spring). Explico, preferências lexicográficas caracterizam sujeitos que trocam qualquer coisa por um pouco mais de seu consumo favorito, no caso do hamster da Síria, álcool. Sim, ele troca qualquer coisa por um pouco mais da brava!

Imagine você, o que escolheria? Uma garrafa de uísque ou dez belas mulheres apaixonadas por você? Bem, dez mulheres seriam legais... mas uma hora enche, sem álcool ainda... vamos reformular a pergunta. Você preferiria duas garrafas de uísque ou uma garrafa e dez mulheres? Eu certamente escolheria pela segunda opção. O hamster da Síria não. Quanto mais álcool melhor.

É por isso que o hamster da Síria é o animal mais legal de todos. Troca qualquer coisa por álcool. Ele troca a felicidade eterna por uma cervejinha a mais. É o animal mais honesto do mundo!

Tendo dito, até!

A nova Bond Girl não é brasileira. Ou: como Eva Green é sensacional

Camaradas,

Eva Green é uma das mulheres mais bonitas do cinema atual. Como sábio, arrisco ainda a dizer que é uma das mais belas de toda a história do cinema. Ela é jovem e maduramente sexy. Seu olhar cativa qualquer interlocutor. Os espectadores, então, ficam como crianças encantadas, como no primeiro amor pela babá. Esse tipo de beleza, das mulheres do cinema remetem imediatamente à musa romântica. A diferença aqui é que elas estão vivas. Só. Mas Eva Green tem algo que a torna humana. São os pequenos defeitos, belos, mas defeitos. Seu sorriso apaixonante não esconde um dente ligeiramente destacado do resto da arcada dentária. Essa nuance a traz para o mundo terreno: sim, ela é filha de mãe humana e tem umbigo.


A mesma coisa já havia sido destacada na beleza elegante de Audrey Hepburn, algumas gerações atrás. Ah... a Audrey. Inesquecível cena dela no meio de livros sendo descoberta como a nova musa da moda! Uma intelectual bonita, que conflito! Audrey também era humana. Apesar de tudo, seu nariz era ligeiramente deslocado para o lado.

Eu falava de Eva Green. Sim, o Sábio Felix já falou um pouco da implicação desse nome. Pois bem. Eva Green foi a mais recente bond girl. Uma personagem sensacional. Maliciosa, delicada, pero sin perder la ternura. Sua bond girl esteve à altura de Ursula Andrews em todos os quesitos, sem dúvida as melhores de todas! Não podemos esquecer também a bela Maryam D’Abo, cuja personagem infelizmente é uma desgraça. Como tudo da década de 1980, aliás, incluindo Timothy Dalton, Gorbachev e a Xuxa.

Bem, Eva Green me foi apresentada por Bertolucci em Os Sonhadores. Deliciosa. Lindas cenas de fornicação, de uma delicadeza e sensualidade que só na paris de 1968 seria possível. Bertolucci, vale lembrar, já tinha feito um delicioso filme contando sobre a épica história da defloração de uma bela jovem. Em Beleza Roubada a gracinha era Liv Tyler, e a gente passa o filme todo apostando sobre quem será o felizardo, tudo encenado no calor italiano nos tempos mais caretas da história, os anos 1990. Pena que a filha do roqueiro é tão má atriz, porque é linda.

No último filme do 007, Eva Green faz James se apaixonar e largar tudo. Coisas que só mulheres fazem conosco. James Bond é tudo aquilo que um homem quer ser: bonito, elegante, sofisticado, detentor de brinquedos caros e divertidos e consegue fazer qualquer coisa com uma facilidade espantosa (como sair dirigindo um helicóptero de dentro de um avião em chamas). Mas principalmente, amamos Jim porque ele consegue as mulheres mais bonitas soltando as cantadas mais grotescas.

Eva Green é sensacional porque é malandra. É sabido que qualquer homem largaria tudo para casar com ela. No caso, Dan Craig só não caiu na tentação porque percebeu que ela era malandra. Muito melhor que o George Lazemby que só conseguiu se livrar da mulher porque a mataram. Ainda bem que os Broccoli se livraram desse desastre. Mas de Dan Craig não se livrarão. Ele é bom. Um pouco marombado, mas é bom. Acho que os atores que interpretam Bond, James Bond, são reflexo dos padrões de beleza da sociedade à época. O favorito de todos é sempre Sean Connery. O meu é Roger Moore. Ele era tão escrachado que fazia rir de sua própria condição.


Mas tudo isso pra chegar, afinal, naquilo que intitula esse post. A nova Bond Girl não é brasileira. Ainda bem. Imaginem a Cléo Pires falando inglês com sotaque de Ipanema? Quase tão divertido quanto ver o Rodrigo Santoro fazendo um Xerxes meio viado. Os noticiários locais ufanistas anunciaram a decisão por Gemma Arterton quase como quando anunciaram que Roberto Benigni tinha ganho o Oscar sobre Central do Brasil. Pior: anunciaram errado. Gemma Arterton não será Bond girl. Ela é inglesa demais, é feia. Vai sobrar para personagem secundária. A Bond girl será a bela ucraniana Olga Kurlyenko. Ainda bem!

Porquinho-da-Índia



Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração me dava
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele prá sala
Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos
Ele não gostava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas . . .
— O meu porquinho-da-índia foi minha primeira namorada.
(Manuel Bandeira)

Faço das palavras deste mestre a minha epígrafe neste mural do pensamento contemporâneo. Digo isto, pois não há nada que toque tão forte a essência dos homens como o afeto, o carinho infantil que se nutre pelo amor que desabrocha - e que nunca mais desaparece. Aquele serzinho que fica aqui dentro, bem escondido, e que em certos momentos se aflora como tristeza, saudade, ou paixão. Ai de quem nunca amou...

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Gatos e presos

Camaradas,

Com alguma freqüência gosto de ler as bobagens que o site Terra publica. Acho que eles fazem um grande serviço ao público, tornando nossas vidas pelo menos um pouco mais surreal. Outro dia me deparei com a deliciosa história do pobre gatinho que passou as festas de fim de ano trancado na varanda, sem comida sem nada (http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI2192688-EI306,00.html). O bichano me comoveu.

Rapidamente, outras histórias de gatos sobreviventes apareceram. É impressionante como os gatos de fato têm mais de uma vida. Os brasileiros têm sete, os americanos e europeus, devido ao estado de bem-estar social e a o seguro-desemprego têm nove.

Esse outro gato (http://noticias.terra.com.br/popular/interna/0,,OI2118713-EI1141,00.html) sobreviveu dezenove (sim, 19) dias com um pote na cabeça. Praticamente o ursinho puff. Como ele, outros bichinhos também fizeram sacrifícios para continuarem vivos. Ah, a beleza da vida! Vejam os títulos: “Gambá fica com vidro preso na cabeça”, “Esquilo gordo fica preso em alimentador”, “Gata sobrevive dentro de lavadora” e “Gato pega carona diariamente”.

Mas os humanos também têm habilidades impressionantes. Duas mulheres conseguiram sobreviver dois dias trancadas no elevador. E antes que vocês pensem bobagem, não teve nada de erótico na cena: elas simplesmente pegaram o elevador errado. (http://noticias.terra.com.br/popular/interna/0,,OI2201860-EI1141,00.html). Isso certamente mantém minha fé na humanidade enquanto raça dominante nesse planeta.

O bacana mesmo desse tipo de imprensa é ver coisas mais próximas da realidade cotidiana. Como, por exemplo, aquele churras com futebol dos presidiários brasileiros aproveitando as férias (http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI2211711-EI5030,00.html). Esse distinto e seleto grupo social, que vive num BBB pouco glamuroso, não é muito refinado na escolha "eles compraram metade de alcatra e contrafilé, e outra metade de miolo de paleta", disse o açougueiro. Será que tinha churrasquinho de gato? Qual terá sido a marca da cerveja?

Tendo dito, até!

domingo, 6 de janeiro de 2008

Segredos da Arte (parte 1)

Camaradas,
Em primeiro lugar, gostaria de compartilhar aqui meu apreço pelas grandes obras de arte da humanidade. São muitas e eu gosto de todas elas. Acho que devemos começar por Michelangelo, um dos mais populares e que muitos devem se lembrar das participações em seriados como Tartarugas Ninjas e filmes como Platoon e Loucademia de Polícia.
Um de seus afrescos, e também uma das imagens mais conhecidas, chama-se a Criação de Adão, e mostra a eterna ligação entre Deus e seu primeiro filho, futuro pai da humanidade, Adão.

Deus é representado aqui como um velho bem safado, envolto em uma manto que divide com alguns anjos, notadamente do sexo feminino. De um lado, aparece abraçado com um bela mulher - provavelmente Eva - que ele recusa a entregar ao filho por motivos óbvios, já que a primeira mulher que ele entregou ao filho, Lilith, trouxe problemas à família. Há também outras mulheres ali escondidas, se vocês notarem com cuidado, inclusive algumas demenor.

Já o Seu braço direito está como se tentando entregar algo ao filho, tentando criar um vínculo, entregar alguma forma de poder ou simplesmente reprovando a atitude do filho. Os estudos mais recentes rejeitam essa hipóteses e revela, na verdade, um Deus preocupado com a educação de Adão e o futuro negro da humanidade, que terá de viver do próprio suor das 9 às 5 , logo depois que o cartão de crédito de Adão é recusado no Resort Spa-Raíso. O que se pode deduzir, através das modernas técnicas de raio X e carbono 14, é que a família está dividindo na verdade uma lata de breja gelada:






Como diz Gênesis 1:27, Deus criou o homem a sua imagem e semelhança. Brindemos aos povos!

A verdade sobre a megasena


Camaradas,

De quando em quando gosto de fazer investimentos de alto risco. É muito bom sentir correr a emoção nas veias, não ter controle sobre o próprio destino, uma coisa easy rider mesmo. E melhor ainda é ser agraciado pela sorte, ou melhor, pela fortuna!

Eu sempre achei “sorte” um termo um pouco caído (trago essa peculiar expressão do meu estágio no Rio). Parece que é alguma coisa que vem da vontade divina, aleatoriamente, para agraciar o sujeito. Mas todos sabem, e os teólogos sabem mais – e os Sábios mais ainda, que Deus não distribui aleatoriamente suas vontades. Tudo tem um motivo. Desse jeito, não existe sorte.

Porém, sabemos que nem tudo é obra do Criador. Ele teria que gerenciar uma burocracia muito grande, sujeita a problemas de falha de governo, captura e outras bobagens de Buchanan (o prêmio Nobel, não o do uísque). Boa parte das coisas são deixadas para o acaso e podem ser determinadas aleatoriamente. Isso certamente é o que dá um barato a mais para a existência, é o que chamamos de vida.

Numa outra ocasião posso detalhar melhor a questão ontológica que se inicia aqui. Por enquanto, eu queria falar da Fortuna. Não uma grande soma de dinheiro, quero falar da Fortuna descrita pelo Nicolau, antigo conselheiro italiano que se estivesse vivo seria qualificado a escrever nesse blog. A Fortuna é o ambiente: as condições que cercam o sujeito. Pode ser alterada endogenamente, mas dá trabalho. O melhor é saber aproveitá-la tal como lhe é apresentada. Para isso o sujeito precisa de virtude.

A megasena talvez seja o investimento de alto risco mais interessante que existe. Primeiro porque se trata de jogatina liberada pelo Estado. Depois porque as probabilidades estão dadas. Não tem nada de incerteza: é risco puro. Coisa de neoclássico. Não tem Fortuna, são cinqüenta milhões de possibilidades matemáticas e apenas uma será escolhida a cada sorteio. Fortunato é o ganhador, que ganha uma fortuna. Não tem virtude: não há nada que o sujeito possa fazer para se dar melhor.

Sempre que acumula mais de R$ 10 milhões eu faço um pequeno investimento de R$ 1,50, que não alteram substancialmente minha riqueza, e corro o grande risco de perder todo o investimento ou, por outro lado, a pequena chance de ganhar uma bolada. Peço sempre um número aleatório, as chances são as mesmas e com isso evito ser responsável pela escolha dos números que selam minha própria derrota, nesse negócio tão arriscado.

No fundo é um jogo um pouco chato. Não dá pra torcer, não dá pra se envolver. Mas tem muito dinheiro rolando, então eu jogo.

O jogo de ontem, número 932, premiou algum felizardo com R$ 19 milhões. As dezenas sorteadas foram 02, 17, 21, 36, 42 e 53. Eu não acertei nenhuma. Felizmente não me sinto mal por isso. É só um jogo. Minha mãe me ensinou a perder.

O que mais me surpreende na megasena, e com isso eu chego ao fim desse post, é que por mais que seja um jogo de probabilidade o ganhador é sempre alguém em algum rincão desabitado. Nesse final de semana o cara é do Rio Grande do Norte.

Vejam bem, apostadores de lugares como São Paulo, Belo Horizonte ou Rio de Janeiro nunca ganham na megasena. Em termos probabilísticos, a maior parte dos prêmios deveria sair nos lugares que concentram maior número de apostas. Mas não. Os novos milionários sempre surgem em lugares estranhos. Deve ser a provisão divina. Alguma coisa como distribuição inter-regional da renda. Ou talvez a Caixa Econômica anda justificando fortunas suspeitas por aí.

Influência Intelectual


Camaradas,

É hora de mudar o layout desse site. Temos que tirar esses engravatados daí e colocar gente mais elegante, mais representativa de nós mesmos. Gravata é coisa de trabalhador. Sábios, como nós, usam confortáveis túnicas. Pedaços de pano coloridos enrolados no corpo. A minha é azul.

Tendo dito, até!

Aos Povos!

É com grande entusiasmo que esse seleto grupo de Sábios oferece à humanidade sua contribuição. A Palavra dos Sábios nasce para ser o oráculo dos povos: fonte de conhecimento para todos aqueles que buscam uma luz que clareie as sobras de nossos dias, a lupa que entenda o passado e o farol que oriente o futuro.

Com eterna juventude de ímpeto e maturidade intelectual, nos comprometemos a compartilhar nossa sabedoria com os outros mortais, tratando de todos os temas com a mesma honestidade e brilho que marcam nossas carreiras.

Que esse dia, seis de janeiro de 2008, seja lembrado para sempre como o início de uma nova era na Internet!

Um brinde aos Povos!