sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

A poupança é um resíduo

Camaradas,

Desde Keyes e Kalecki e o desenvolvimento do Princípio da Demanda Efetiva sabe-se, e os sábios sabem mais ainda, que a poupança não tem nenhum significado. Trata-se de um resíduo contábil. Uma identidade ao investimento. Esse sim, decidido pelas pessoas, num ato de escolha.

Logo, a poupança nao merece nenhum tratamento especial. A menos que estejamos falando da poupança em sentido amplo. Em especial nesses dias de carnaval, quando a poupança entra em especial evidência. O Banco da Praça é o melhor lugar pra se aplicar a poupança.



O órgão pensante do ser humano é o traseiro: adequa-se conforme a cadeira onde está sentado. Foi com essas sábias palavras que um sábio ancião me ensinou o sentido da vida.

Agora cabe aos leitores extrair dessa lição a diferença entre sentar-se numa cadeira decente e elegante ou num sofá, confortável e aconchegante. A revolução só pode acontecer com o espírito do desconforto, da indagação e da transformação!

tendo dito, até!

ps: registro o falecimento do saudoso deputado Sergio Naya.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Poupança

Sim, o título nos remete a muitos pensamentos em tempos de crise econômica. Mas o tema deste post é a poupança que carregamos conosco todos os dias desde o nosso nascimento. A menos que a pessoa seja um desbundado.

Todo sábio possui em casa algum assento distinto além da cama, seja para ver televisão, fazer o desjejum e mesmo para refletir. Como um bom sábio, eu sempre tomei muito cuidado em onde aplicar minha poupança quando estivesse em casa. Por isso, sempre prestei muita atenção nesses móveis que humildemente se colocam abaixo de nós.

Pois não é que um choque anti-dogmático me abateu. Para mim era claro que poltronas e sofás acolchoados, fofinhos e espaçosos eram os melhores amigos para filmes, leituras, etc. Foi então que um sábio destas paragens me alertou para outro tipo de assento. Ele defendeu a utilização de cadeiras, digamos, mais sóbrias. Isto é, cadeiras de balanço, de madeira e até mesmo aquela cadeirinha que os diretores de cinema usam. Segundo tão nobre sábio, essas cadeiras eram as suas preferidas.

A confusão na minha cabeça ainda é grande. Depois de décadas de tardes de sábado estirado no sofá, como conceber que pessoas eram felizes em tais cadeiras? Algumas rápidas conclusões já pude tirar de toda essa história. Claramente, tais cadeiras são mais charmosas e demonstram um atitude retrô do seu dono, que está à la mode no momento. Talvez elas deixem seus usuários mais atentos ao que acontece ao redor, como por exemplo num livro, ao invés de perderem-se na sonolência de uma poltrona.

De toda forma, não consigo ainda conceber como substituir o repouso do sofá por cadeiras duras. Ainda há muito o que se descobrir...

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Mais sobre o Carnaval no Rio

caros Sábios,

O Rio, como se sabe, enche de gringos e gringas neste período do ano. Ontem mesmo havia uma excursão na rua, todos da terceira idade, de boné. Mas será que eles sabem onde ir ou são simplesmente enganados pelas agências de turismo?

Às vezes é necessário um guia competente para mostrá-los do que é feito o carnaval no Rio.

Sem mais delongas, deixo-os com Arnold Alois Schwarzenegger, em sua passagem inesquecível pelo país do carnaval.

A primeira noite de um homem



Camaradas,

Há poucas coisas tão emocionantes como a primeira noite. É um teste. É como um ritual de iniciação a uma nova vida. A primeira noite em um novo lar é especialmente importante. É o teste final para a aprovação (ou não) de um longo processo de escolhas, que inicia-se no mercado imobiliário e segue pelas lojas de móveis e colchões.

Finalmente instalado (mais uma vez e, quem sabe, de maneira algo definitiva) na cidade maravilhosa, passei minha primeira noite no novo lar. Água quente ainda é uma novidade. Não se pode confiar nos serviços públicos cariocas. Ar condicionado, por outro lado, é um desejo futuro ainda distante. Por isso, sou obrigado a dormir com as janelas escancaradas. Tem seu lado voyer, admito.

Mas tem também seus encantos. Ontem, a lua minguante me acompanhou, desde seu nascer até sumir no horizonte da janela. Um sinal, um aceno de carinho, de uma cidade linda por natureza (e talvez só por ela) a um migrante insistente.

A felicidade é como a gota de orvalho, hoje logo cedo o sol já a evaporou. Queimando meus pés às 6h20 da manhã. Namorar é sempre um pouco difícil.

Tendo dito, até!


(pra dar um gostinho...)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Carnaval

Camaradas,

Há coisas tão irracionais na humanidade. Sem dúvida as mais belas.

A carne em evidência. A paixão. O fervor. O desejo. O carinho. A admiração. O encanto.

São coisas que sempre estão aí. Mas durante esses dias quentes de carnaval aparecem mais. Ficam mais confusas. Mais difusas. Mais evidentes. Mas à flor da pele.

Só os sábios sabem. Mas alguns ainda estão aprendendo.