sábado, 6 de junho de 2009

Viradão Culturalzão

Camaradas,

O Rio tem uma grande quantidade de peculiaridades. Uma delas é a necessidade de usar aumentativos. Todos os times de futebol locais são referenciados em sua versão grandona: mengão, fluzão, vascão e fogão. Todas as iniciativas divertidas que outras cidades experimentaram, quando são introduzidas aqui também recebem tratamento aumentativo.

A “Restaurant Week”, uma semana que alguns restaurantes bacanudos preparam menus especiais a preços convidativos que acontece em diversas cidades do mundo, no Rio dura duas semanas.


Notem a beleza, antiguidade e tamanho da geladeira do tradicional Bar Brasil, na Lapa



O “comida di buteco”, competição entre quitutes dos bares tradicionais de Belo Horizonte, que em São Paulo recebeu o nome do patrocionador de “Boteco Bohemia”, em geral dura cerca de quinze dias. No Rio, dura um mês.

A última novidade é a introdução da “Virada Cultural”, celebração de um monte de atividades culturais espalhadas pela cidade durante uma noite, que faz um sucesso tremendo em São Paulo e no interior daquele estado. No Rio, a virada na verdade são duas. Começa na sexta e termina no domingo.

Nunca é demais lembrar que o carnaval por aqui dura umas cinqüenta semanas por ano...

Tendo dito, até!

Por sugestão do amigo leitor, aí vai o detalhe da geladeira, e seu motor adaptado (no começo, usava-se barras de gelo)

Every time we say goodbye I die a little

Camaradas,

A distância traz efeitos muito complicados sobre os sentimentos. Coisas que nem os sábios sabem resolver. O amor precisa do seu aspecto presencial, carnal. A distância não é só física, mas conseqüentemente também emocional. Dividir-se com alguém acontece nos pequenos momentos, os mais trivais, e também nos grandes momentos, os mais especiais.

Despedir-se é triste. Mas existe grande beleza na tristeza:


Cole Porte é foda. A Nina Simone é foda. Essa última eu tive a chance de ver sambando, numa de suas últimas apresentações.


Tendo dito, até!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Telemarketing

Camaradas,

A existência é algo que me fascina. Sempre penso nos motivos lógicos e naqueles sobrenaturais que a explicam. Prefiro fugir da lucidez e não concordar que seja mera obra do acaso. Prefiro acreditar que existe um sentido.

Não conheço ninguém que goste de telemarketing. Mesmo assim, eles continuam existindo. Devem fazer bem. Ou então eu talvez não conheça gente suficiente.

Explico. Sou adepto da teoria de que tudo que faz mal é bom, se não não exisitiria. E, complementarmente, tudo que é ruim faz bem. Pense no brócolis: faz bem, mas é sem graça. Porque faz bem as pessoas comem. Se fizesse mal, ninguém ia se dar o trabalho de comer.

É como terra. É ruim e faz mal. Ninguém come.

Ou bisteca: é bom e faz mal. Porque é bom, as pessoas arcam com as consequências de que faça mal.

O telemarketing, portanto, já que existe deveria ou fazer bem ou ser gostoso (ou os dois). Há algo realmente errado na existência desse negócio...

Mas descobri que algumas pessoas fazem o telemarketim ser ao menos divertido. Lá vai:



Tendo dito, até!