domingo, 4 de maio de 2008

breves notas de um feriado

Camaradas,

Para finalizar o feriadão, faço um post com várias pequenas notas:

1 – É impressionante como o nosso inconsciente coletivo de cada um pode nos tornar totalmente alheios ao nosso mundo próximo. Querer ser idiota deve ser um resultado da nosso senso de comunidade. Enquanto estamos preocupados com a novela da tragédia familiar da menina Isabela, ou com o padre balonista maluco, os que podem estão acertando certas tramóias públicas. A gente só vai perceber depois.

2 - É sabido que será uma novidade histórica a existência de civilização e progresso nos trópicos. Simplesmente o sangue engrossa com o calor e, então, só uma rede com caipirinha é admissível. Trabalhar e pensar se tornam atividades estafantes. Sem contar os mosquitos e odores que derivam do calor. Felizmente, a humanidade tem a capacidade de superar seus próprios problemas e criar o ambiente a sua volta. A invenção do ar-condicionado é civilizatória.

3 – Grande sábio foi George Best. Quando eu crescer quero ser como ele. Além de sua vida inspiradora, proferiu frases grandiosas como: "Gastei muito dinheiro com bebidas, mulheres e carros. O resto eu desperdicei." Ou ainda: "Em 1969 eu abandonei as mulheres e o álcool. Foram os 20 piores minutos da minha vida.".

4 – Outro grande ícone do século XX é Keith Richards. Se todos fossem como ele, não precisaríamos de estudos com células tronco. O homem é a prova de tudo.

5 – Andei lendo algumas sabedorias de outros por aí. Uma moça muito sensível andou falando sobre a condição da ex-amante. Me sensibilizou. Vale a pena: clique aqui.

6 – Devo finalizar meu decálogo e dar um sentido ao conjunto de notas. Como vocês notam, trata-se de um decálogo de apenas meia dúzia, como deveria ser num país tropical. A culpa, evidentemente, é toda do Lula, e esse é o principal sintoma da imbecilidade que apontei no item 1. Tomei conhecimento que nosso país não foi agraciado com nenhum premio Nobel, enquanto que outros subdesenvolvidos já tiveram seu quinhão. Depois de refletir muito, percebi que talvez o próprio presidente Lula Molusco poderia se candidatar para criar uma novidade nunca antes vista na história da República. Alguma coisa como Nobel da Paz, por ter feito o pacto social do século XXI: sindicatos, banqueiros, industriais, agro-exportadores, lascados, rentistas e trabalhadores compradores das casas Bahia. Todos juntos na era do Investment Grade!

Tendo dito, até!