Nestes últimos dias andei preocupado com as nossas origens. Quando digo nós, não quero dizer paulistas, brasileiros, ou simplesmente sábios. Andei refletindo em nós, homens do mundo moderno. Quem somos nós? Do que gostamos? Por que gostamos do que gostamos? São algumas das questões que me coloquei madrugadas adentro.
Eis que fui remetido aos principais criadores desse mundo no qual vivemos hoje em dia, os ingleses. Devo confessar que sempre fui atraído pelo creme de la crème britânico, com seu british accent, sua elegante nobreza, a distinção da sua academia e a pose de seus líderes. Mas, nos últimos dias, algumas evidências, que antes passavam despercebidas, me fizeram ter a certeza de que sem os britânicos não seríamos nada.
Antes de mais nada, os caras inventaram o futebol. Aliás, junto com o futebol, inventaram o Rugby. Ou seja, os caras inventaram o que há de mais divertido para se fazer em alguns metros quadrados de grama e que capaz de mover milhares de coração. É o único negócio que consegue ser mais popular que a Coca Cola.
Depois, foram 4 ingleses que nos fizeram o grande favor de inventar o Rock. Sem os Beatles, o que seria da música popular hoje em dia?
Foi também na Inglaterra do século XVII que nasceu a tão valiosa Economia Política. Sem o grão mestre Adam Smith e a sua intelectualidade britânica, o que seria do nosso mundo? Como entender e perpetuar o tão crucial Mercado (já tratei de forma mais demorada esse ente da vida moderna em texto anterior).
Os caras foram do capeta. Se já não fosse o bastante, seus vizinhos escoceses, que na verdade nada mais são do que ingleses fajutos, inventaram o melhor amigo do homem!
Enfim, em tempos de supremacia de caipiras norte-americanos, que encaram o mundo como um grande rancho texano, não há como evitar o saudosismo dos anos victorianos, da Pax Britannica. Apenas a título de comparação, pergunto a vocês, leitores, quem foi o herói norte-americano da guerra fria? O Rambo, sujeito sem sal, com músculos esterilizados e que gostava de ficar metralhando a toa. Agora, e o herói britânico? James Bond, o agente secreto. Este que era herói. Se já não bastasse ser charmoso, galanteador e ter carros e ternos muito legais, ele ainda possuía licença para matar. Isto sim é dominação com estilo!