domingo, 13 de janeiro de 2008

Carnaval no Bracarense

Camaradas,

Agora que sou um Sábio pleno, livre de dúvidas e indagações – todas sanadas no memorável dia 11 -, aproveito apenas as sensações da existência. Por isso, falarei dos prazeres da vida. Começando hoje pelo Bracarense.

Ah, o bom e velho Braca! Templo da alegria! Lá oramos e fazemos nossas devoções e oferendas a Baco. Deliciados pelos quitutes de dona Ju, incluindo o clássico bolinho de bacalhau e o imperdível bobozinho de camarão, os boêmios lá são felizes. O Braca é lindo porque é o único bar realmente boêmio freqüentado por belas moças de biquíni.

Meu novo objetivo maior de vida é ser chamado pelo nome pelos garçons do Braca. Até o último carnaval era participar do bloco que por lá aparece.

Explico. Nas minhas muitas andanças pelo Braca percebi um simpático velhinho que por lá estava todos os dias. Levava seu próprio banquinho de plástico, para não arriscar ficar de pé e pulava de mesa em mesa, com um copo de uísque. A cada mesa, uma nova dose. Em todas era bem recebido e assim também foi na minha.

Conheci Seu Osvaldo já no sexto chopp, meu, e quinto uísque, dele. Estava vestido com uma bela camiseta do “bloco da terceira idade”. O carnaval se aproximava e logo perguntei do que se tratava esse curioso bloco. “É um bloco carnavalesco como todos os outros, só que não tem bateria, não tem enredo e a gente não sai daqui. A gente senta e bebe”. Fantástico. O melhor bloco de todos. O bloco do Braca! Imediatamente perguntei se eu poderia adquirir uma camiseta daquelas e participar do bloco, mesmo tendo saído da primeira idade apenas há pouco. “Claro, meu filho, terceira idade é um estado de espírito!”.

Tendo dito, até!

Nenhum comentário: