sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Um dia de Glória



Camaradas,

Estou emocionado. Toda uma vida de busca por respostas se encerrou hoje. Sou um homem completo. Um sábio por inteiro. Eu saí da caverna, vi a luz e a verdade sobre as sombras falantes. Cheguei ao nirvana. Alcancei o reino das idéias! Hoje é um dia ainda maior do que eu anunciei nessa mesma tarde!

Durante intensa pesquisa com o sábio Felix Bueller obtive a resposta para o primeiro grande mistério da tecnologia, sobre como funciona a pistola do master system. Transcrevo a explicação abaixo.

Por ora, anuncio que adentrei uma nova fase: uma era de plenitude. Todas as questões importantes já foram solucionadas e agora pode haver paz.

Esvaziarei um cachorrinho em homenagem a esse dia!

Tendo dito, até!

http://mundoestranho.abril.com.br/perguntaresposta/conteudo_75042.shtml

Como funcionam as pistolas de videogame?
Por Fernando Tió Neto

Henrique Delfino Almeida Alves, Brasília, DF

Muita gente pensa que a tela dos games e arcades é sensível a um disparo de luz da pistola. Errado. A pistola é que é sensível à luz que vem da tela.

A grande sacada é que dentro das armas de brinquedo há um fotorreceptor, um componente eletrônico que detecta raios de luz. Funciona assim: toda vez que o jogador puxa o gatilho da arma, a tela fica preta por uma fração de segundo, exceto o alvo, que continua brilhando. Se o fotorreceptor estiver apontado exatamente na direção da luz emitida pelo alvo - ou seja, se o jogador acertar a mira -, o componente é ativado e manda uma mensagem para o console do game, avisando que o alvo foi detonado. Esse sistema, inventado na década de 1960, é bem preciso: normalmente, os feixes de luz da tela só ativam os fotorreceptores da pistola se a mira estiver a até um centímetro do centro do alvo. Outra coisa: não dá pra "enganar" o videogame. Algum espertinho já deve estar planejando colocar, por exemplo, uma lanterna perto da tela pra burlar o esquema. "Jogando a luz da lanterna na pistola, o console vai achar que eu acertei o alvo. Huahuahua", você pode pensar. Não funciona. Os fotorreceptores usados em games são calibrados para serem ativados apenas por uma certa quantidade de luz - a unidade de medida de luminosidade é o lúmen. Um televisor ou um monitor de arcade emite, em média, 2 000 lumens. Qualquer luminosidade acima ou abaixo desse valor não sensibiliza a pistola. No nosso exemplo de fraude, uma lampadinha de lanterna gera apenas cerca de 500 lumens. Ou seja, o melhor é treinar bem a pontaria. :-D

LUZES, ARMAS, AÇÃO!
Tela do game emite partículas de luz que acionam a pistola do jogador

1- O componente principal de um jogo de tiro fica embutido na saída do cano da arma. É o fotorreceptor, um dispositivo sensível à luz. Enquanto o jogador não puxa o gatilho, ele fica desligado. Na hora do disparo, ele vai ser essencial para detonar o inimigo

2- A tela "normal" que a gente vê nos videogames e arcades exibe animações programadas por computador. Nos jogos de tiro, as animações mais comuns são os inimigos que o jogador deve eliminar. Ao mostrar essas imagens, a tela emite luz

3- Quando o jogador puxa o gatilho da arma para matar um inimigo, a pistola faz duas operações. Primeiro, aciona o fotorreceptor. Em seguida, usando um emissor de ondas de rádio, envia a informação do disparo para o console do videogame

4- Dentro do videogame, um microprocessador recebe a mensagem da arma e envia uma ordem para o programa do jogo. Por um piscar de olhos, o software faz a tela do jogo apagar. A única coisa que continua brilhando é o alvo que o jogador quer detonar

5- Se a arma estiver apontada bem na direção do alvo luminoso, os feixes de luz atingem o fotorreceptor. Quando isso acontece, a arma usa novamente o emissor de ondas de rádio para avisar ao microprocessador do videogame que o inimigo foi abatido

6- Depois de receber essa segunda mensagem, o microprocessador envia outra ordem para o programa do jogo. Desta vez, o software faz a tela do videogame mostrar uma animação com o alvo sendo derrubado e computa os pontos pela pontaria certeira

2 comentários:

i disse...

Porra Carlão, é só você que posta aqui?!?!

Anônimo disse...

Josemba,

Não posso expressar aqui, em palavras, a minha emoção ao ler este post, que provocou mais abalos em minha Weltanschauung que as aulas da Ana Bruner.
Que esse dia seja lembrado e celebrado para o resto dos tempos!