quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

For Your Eyes Only (1981)



De tirar o fôlego. Para superar o insuperável Moonraker e resgatar James Bond ao mundo terreno, em For Your Eyes Only as seqüências de ação são extensas, intensas e ambientadas nos mais diversos meios: helicóptero, carros (um adorável Citroen 2CV, já que a Lotus foi implodida), esqui de neve, esqui aquático, escafandros e, ufa!, rapel. Talvez eu tenha esquecido de algo...


A cena inial mostra Bond visitando o túmulo de sua esposa, Tracy. Uma das poucas referências ao fato de ser viúvo em todos os filmes da série.


A sequencia inicial retoma também Blofeld, o assassino de Tracy, em uma cadeira de rodas controlando o helicóptero onde está Jimmy que, evidentemente, supera a situação e manda o vilão para a cucuia.

Roger Moore, aos 54, já dá sinais de alguma fadiga física, movendo apenas as sombrancelhas e deixando para os dubles todas as cenas de ação (que usam planos abertos). Mas seu carisma é tão grande, que sua elegância e charme são aproveitados por mais dois filmes seguintes.


A cinquentona Moneypenny (Lois Maxwell, que interpretrou a personagem 14 vezes), se arruma para a chegada de Jimmy. Notem o chapéu...


Os anos 1980 estavam começando e a guerra fria apertou, com Regan pressionando cada vez mais a capacidade tecnológica e produtiva dos soviéticos, de forma explícita e declarada. O inimigo desse filme é, pois, a URSS, apesar dos vilões serem mercenários. Uma trama lembra um pouco aquela de From Rússia With Love, às avessas: uma máquina codificadora inglesa é perdida e a KGB está pagando alto para bandidos capturem-na. Cabe a Jimmy conseguir a máquina antes... o vilão secundário é um esportista da Alemanha Oriental, auxiliado por um matador cubano. Coisa fina. Fica ainda mais fino quando, depois de salvar o mundo, Bond recebe uma ligação de Margareth Tatcher em agradecimento.


Versão antiga, emprestada do Spy Who Loved Me.


Versão nova, praticamente sem uso. À venda no E-bay.


Pra que uma Lotus, se é possível fugir num clássico francês?...



Pra que férias, se é possível esquiar a trabalho?...


Esportes radicais? Não, um homem deve atender a seu dever.

Nesse filme, Bond está deliberadamente responsável e maduro. Talvez pela idade de Moore, de forma que as piadinhas são menos traiçoeiras e o trato com as mulheres menos cafajeste. Basta lembrar que Jimmy recusa-se a conhecer melhor Bibi, uma patinadora pós-adolescente, preferindo dedicar-se a seduzir uma quarentona, e condessa, cujas artes envolvem ter sempre champanhe e ostras na geladeira. A patinadora, quiçá, convidaria para um sorvete.


Bibi, que vai ganhar a medalha de ouro, mas não conhece sobre o amor


Bibi, jogando a toalha. Coisa que James faz na sequencia e evita integração inter-geracional...


... para depois se entreter com a experiente Condessa

Mas a mulher do filme é mesmo Melina, a filha de um arqueólogo que antes de ser morrido pelo cubano prestava serviços para o MI6. Buscando vingança, a moça sai por aí matando gente a flechadas, usando uma besta. A beleza de Melina (Carole Bouquet) é de tal forma especial que me faltam palavras. Seu olhar guarda qualquer coisa de tristeza, mas nenhuma inocência. É uma mulher no auge de seus trinta anos (apesar da atriz ser um pouco mais jovem que isso), decidida, conhecedora de si. Bond só terá o prazer de conhecê-la na última cena, quando ao deixar cair seu vestido, Melina anuncia “for your eyes only”.


Surge Melina. Enviada por Netuno, como uma sereia do mar Egeu.


Os olhos únicos de Melina


Melina no mar...


Jimmy e Melina, nos alpes


Jimmy e Melina, após arqueologia submarina


Não podia faltar...

A clássica cena da piscina...


tem um transexual nessa cena...

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