segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Goldeneye (1995)



Depois de seis anos ausente, 007 retornou. Uns achavam que não tinha mais sentido continuar com a série, depois da versão bruta e cult dos tempos de Dalton. Outros achavam que o fim da guerra fria e da URSS também tirariam o sentido de continuar com o personagem. Estavam todos errados. Bond precisava apenas de sangue novo. E conseguiu.


"You were expecting someone else?"


Cena memorável, Bond dirigindo um tanque nas ruas de São Petersburgo (Leningrado, nos bons tempos)

Pierce Brosnan incorporou Bond magistralmente. Reuniu características de seus antecessores e – num movimento antropofágico – criou sua própria versão, atualizada para os anos 1990. De Connery, buscou o humor. De Lazemby o sorriso. De Moore a elegância e o toque playboy. De Dalton, a violência e frieza.


"So, you are always On a Top of things?"


Reloginhos hi-tech: versão dos anos 1980 e 1990.

Foi o primeiro filme que assisti no cinema e gostaria de registrar que é, possivelmente, meu favorito. Vários elementos da trama baseiam-se nos frangalhos do fim da guerra fria, explicitamente. A traição, a vingança e os objetivos megalomaníacos dos vilões continuam presentes. As cenas de ação, os cenários pelo mundo e a tecnologia sempre surpreendente. (Nota de curiosidade: era o começo da Internet, e há muito entusiasmo com suas possibilidade. A mocinha pede um computador com modem de 14.4 kbps...).


"Hello, James!"


As mulheres... ah... faltava a Dalton certa cafajestagem. Bronsnan é um cafajeste elegante. Algo mais próximo de Moore, que tratava as moças com carinho, do que pra Connery, que as descartava como se fossem lenços usados. Nesse filme, Bond começa com uma perseguição adorável nas montanhas ao redor de Monte Carlo, acompanhado por uma doce inglesinha. Dirigindo um Aston Martin 1965 (igual do Goldfinger), 007 persegue uma Ferrari dirigida por uma russa ninfomaníaca (amiga do vilão) que mata as pessoas durante o ato de fornicação. É muito divertido. No fim, Jimmy abre um compartimento-geladeira do carro abastecido com uma boa garrafa de champanhe.


GirlPower: mulheres fora da cozinha.


"I am invinceble!", dizia o vilão congelado.

A vilã russa, Xênia Onatopp (sempre nomes curiosos) é conhecida depois, numa sauna. Mas quem se destaca mesmo é a bondgirl programadora de computadores, Natalya Simonova, que trabalha no programa espacial secreto russo. Ela faz um estilo mocinha durona e ainda com certo ar maternal (quando dá bronca em 007 e ex-006: “Stop! You look like boys with toys!”). Em outra cena, sai perguntando questões psicológicas de Jimmy, quanto a sua natureza fria e violenta.


"Você será reprovado no teste de direção, James."

As novidades também incluíram uma nova Miss Moneypenny, interpretada por Samantha Bond, e uma nova M (sim, uma mulher!), Judi Dench. Eu gosto da combinação. O bom e velho Q continuou interpretado por Llewelyn.


"Ela programa computadores, lava, passa e nas horas vagas ainda arruma a cama"


Louis Maxwell e Samatha Bond, posando na frente do Aston Martin

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