quinta-feira, 10 de setembro de 2009

In Vino Veritas



Camaradas,

Falar de grandes homens é fácil. Basta elencar uma grande quantidade de seus feitos e dizer tudo o que ele representou para o mundo, para seus amigos, familiares e para os que apenas o conheciam.

Bem, hoje (ontem) faleceu Saul Galvão. Um grande homem. Nunca o conheci. Mas lia regularmente seus textos, suas dicas, suas experiências gastronômicas. Era quase como um amigo. Um guia na vida feliz dos sabores e das sensações. Seu ar professoral vinha também de sua imagem fanfarrona com belos e espessos bigodes.

Digamos que fui tecnicamente iniciado ao vinho com seu clássico “Tintos e Brancos”. Um livro acessível para aqueles que começam a se aventurar nesse mundo, mas também profundo – e sempre atualizado – sobre as sensações que Baco nos proporciona.

Desde esse primeiro contato, sempre gostei de suas descrições sobre os vinhos: aqueles que eu conhecia, e podia comparar, e aqueles que fiquei com vontade de experimentar.

Mas não só de vinhos ele falava. Todos os prazeres gastronômicos fazem parte de seus textos. Inclusive o de cozinhar. E, para os leigos ambiciosos, suas receitas fáceis e deliciosas estarão sempre disponíveis para os momentos especiais.

Além de um grande conhecedor, Saul Galvão era um grande comunicador. Um poeta. Porque só os poetas sabem dizer com palavras o que o espírito sente com o corpo.

Saúde!

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