terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Cerveja!



Camaradas!

Feliz ano novo! Que todos os sonhos se realizem e que, portanto, o mundo torne-se totalmente surreal!

Já faz algum tempo que sábias palavras não são professadas nesse portal. Para compensar o silêncio, apresento-lhes o resultado impressionante de uma profissional degustação às cegas de cerveja:

Vamos às regras:

- Quatro sábios reunidos, coordenados por um quinto, Isaac, que coordenou a competição.
- Oito marcas de cerveja: Heineken e Bohemia, representando as “prime”; Skol, Brahma, Antarctica e Itaipava, representando as pilsen mais comuns e; Sol e Bavária, representando as “populares”.
- Cada sábio deveria reconhecer a cerveja que experimentava.
- Além disso, deveria indicar as cervejas que considerava preferida e também aquelas que menos agradavam seu paladar.


Com a plêiade reunida, depois de muitas provas, comparações e reflexões que misturavam conhecimentos, paladares, influências midiáticas e também uma ligeira dose de álcool, chegamos aos resultados:



Notem, caros leitores que mesmo os sábios são incapazes de reconhecer o sabor das cervejas mais comuns do mercado brasileiro. Das oito marcas, a melhor percepção foi a da Sábia Alice, que reconheceu três delas.

Mesmo assim, há alguns resultados interessantes que merecem comentário. O mais imediato é que quase todos os sábios identificaram a Heineken, menos eu. Ponto negativo pra mim. Mas todos nós registramos nossa preferência por essa cerveja o que, num mercado perfeito, justificaria o posicionamento de seu preço acima das concorrentes. Afinal, esse é o caso.

O outro resultado, bastante curioso, é que dentre as demais cervejas não houve nenhuma espécie de convergência de opinião. E que marcas que usualmente são desmerecidas pelo público que se auto-afirma entender de cerveja, como a Bavária por exemplo, não são identificáveis. Mais grave: foram confundidas com a cara Bohemia e a tradicional Brahma. Nesse caso, ponto positivo pra mim.

Talvez o resultado mais consistente tenha sido com a avaliação da Antarctica que quase todos consideraram ser a Bavária, talvez porque não tenham gostado do seu sabor e consideram essa última marca uma porcaria. Vamos lembrar que a autorização para a criação da AMBEV considerou que vender a Bavária seria suficiente para manter a concorrência no mercado...



Triste foi ver a Itaipava, valente paladina que compete com a gigante belga, ser tão mal avaliada pelos sábios. Dois deles apontaram desgostar da marca.

Como resultado final, podemos admitir que, para além da Heineken, todas são praticamente a mesma coisa. Numa festa, compre a mais barata e sirva sem mostrar o rótulo.

Tendo dito, até!

3 comentários:

Econometrista disse...

hm... conclui-se q só a heineken é diferente... então ninguém diferencia pilsen.

há de se notar que existe algum padrão no erro: poucas vezes alguém trocou uma cerveja que concorre por preço com outra que concorre por qualidade.

Então, vocês sábios percebem a diferença de cerveja barata e cara, mas não sabiam diferenciar entre as caras e, principalmente, entre as baratas.

É por isso que a AMBEV só produz um tipo de cerveja e embala em latas com cores diferentes.

Estatístico disse...

Acho que merece destaque o fato de que a bohemia teve dois acertos enquanto todas as outras tiveram um ou nenhum... não temos um universo amostral tão grande, mas isso pode indicar uma tendencia de que as pessoas identificam sim a bohemia.

Al Capone disse...

Uma beleza esse decote da última foto, heim Josemba?!
Abs!