Camaradas,
Há poucas coisas tão emocionantes como a primeira noite. É um teste. É como um ritual de iniciação a uma nova vida. A primeira noite em um novo lar é especialmente importante. É o teste final para a aprovação (ou não) de um longo processo de escolhas, que inicia-se no mercado imobiliário e segue pelas lojas de móveis e colchões.
Finalmente instalado (mais uma vez e, quem sabe, de maneira algo definitiva) na cidade maravilhosa, passei minha primeira noite no novo lar. Água quente ainda é uma novidade. Não se pode confiar nos serviços públicos cariocas. Ar condicionado, por outro lado, é um desejo futuro ainda distante. Por isso, sou obrigado a dormir com as janelas escancaradas. Tem seu lado voyer, admito.
Mas tem também seus encantos. Ontem, a lua minguante me acompanhou, desde seu nascer até sumir no horizonte da janela. Um sinal, um aceno de carinho, de uma cidade linda por natureza (e talvez só por ela) a um migrante insistente.
A felicidade é como a gota de orvalho, hoje logo cedo o sol já a evaporou. Queimando meus pés às 6h20 da manhã. Namorar é sempre um pouco difícil.
Tendo dito, até!
(pra dar um gostinho...)
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
A primeira noite de um homem
por
Carlos Josemberg
às
08:50
Tags: amor, Baía de Fevereiro, carnaval, miss Robinson, Rio de Janeiro
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