Vinho, frio úmido de início de primavera paulistana. Eu no cobertor e James Bond fica quase o tempo todo pelado. Seja na companhia de mulheres, seja apenas de sunga dentro da água. Para completar, há também o conjunto das alternativas, numa bonita cena de amor debaixo d’água.
Esse é o filme de maior sucesso de bilheteria da série. Grandes cenas, brinquedinhos, o clássico Aston Martin, mulheres sensacionais, e um vilão bem mau com bombas atômicas seqüestradas chantageando o mundo livre.
O pavor atômico é a marca desses anos e será recorrente na temática de Bond. A solução pacífica da crise dos mísseis em Cuba, entre o para-sempre-queridinho Kennedy e o revisionista Krushev, porém, forçou a criar vilões não alinhados com os soviéticos.
A SPECTRE é uma organização muito curiosa e doentia, já que fica fazendo planos complicados e arriscados para conseguir dinheiro. Destaque-se que é nas Bahamas que vive o vilão, numa bela casa com uma piscina com tubarões. Os vilões deviam aprender com alguns empresários brasileiros que conseguem chantagear governos e ficar ricos em negócios legalizados sem precisar de bombas e lasers.
Falemos das mulheres. E quantas!
Na clínica de recuperação, Jimmy já se entende com a massagista, a bela Molly Peters. Uma moça moderna como seu tempo, com o início da era do rock’n’roll e da liberdade sexual.
Fiona Volpe (Luciana Paluzzi, sempre as italianas...) é uma assassina da SPECTRE que tenta matar 007 mas acaba em sua cama. Mesmo sendo a sexy e bem resolvida pilota de motocicleta com metralhadoras, ela fica ofendida ao saber que Jimmy “não sentiu nada, fez apenas por motivos profissionais”. Ela deve ter ficado magoada com o comentário deselegante e tenta reatar relações com o agente durante uma dança no carnaval caribenho. Bond, que não gosta de manter suas mulheres vivas por muito tempo, usa ela de escudo contra um atentado durante a dança.
A mocinha mesmo da história é Domino, namorada do vilão, que Bond conhece durante um mergulho (Claudine Auger). É típica boa-moça, não fosse um pedaço de mau caminho já percorrido. Ao longo do filme ela percebe que o namorado é do-mau, além de muito feio, e faz a troca racional.
Por fim, há a assistente de 007, Paula Caplan (a morena Martine Beswick). Não dá pra entender muito quais tipos de assistência a moça presta, mas sua presença é suficiente para melhorar o bem-estar.
(logo no começo, Jimmy faz uma saida espetacular, repetida apenas na olimpíada de Los Angeles, com uma mochila-jato)
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Thunderball (1965)
por
Carlos Josemberg
às
17:57
Tags: 007, James Bond, Mulheres
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Um comentário:
Por onde andam os demais çábios?
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