quinta-feira, 9 de outubro de 2008

You Only Live Twice (1967)



Eu não tenho nenhuma atração especial pelo mundo oriental. Mas Jimmy experimenta pelo menos três belas moças daquela parte do mundo durante esse filme – sem contar a cena do banho, na qual ele é “tratado” por mais algumas. Não bastasse, ainda há um flerte com a number eleven da SPECTRE. Hoje não quero falar sobre essas lindas mulheres, deixarei apenas umas fotos delas pelo post.



O que é mais legal nesse filme é a questão política-histórica do momento. Trata-se de uma conspiração internacional, na qual a SPECTRE seqüestra espaçonaves americana e soviética, precisa ser desvendada para evitar uma terceira guerra mundial. Uma tarefa que só 007 pode resolver. No meio da guerra fria, outros atores aparecem na cena: o Japão e a China.





O Japão era o país queridinho-ameaça do momento. Estavam todos deslumbrados com o crescimento econômico daquele país, com o domínio tecnológico e com as curiosidades culturais. Até o Bond-car é um Toyota conversível! Tudo isso aparece no filme, seja mostrando ruas de Tokyo, luta de sumo, banho com muitas gueixas, ninjas... até a bebida de James Bond é substituída por sakê.





É o poder tecnológico e econômico que viabiliza que um grande empresário japonês, filiado a SPECTRE, monte um foguete pra seqüestrar naves das duas superpotências. Sua base fica dentro de um vulcão! E ainda tem um grande exército de paramilitares que operam os instrumentos e tal. É impressionante.







Mas os vilões não são os japoneses. Esses apenas têm potencial para sê-lo, quando na verdade são aliados do mundo livre: o serviço secreto japonês ajuda Jimmy e ainda fornece algumas namoradas. Além disso, para selar a amizade nipo-ocidental, Sean Connery passa por uma cirurgia plástica para se parecer japonês. É sensacional.

Os vilões mesmo são os chineses, que contratam a SPECTRE para fazer essa lambança na diplomacia internacional. É bom lembrar que nesse período a China estava com relações bastante tensas, tanto com o ocidente capitalista quanto com a União Soviética. A coisa só foi resolvida com a aproximação de Nixon, nos anos 1970, que colocou a China alinhada com interesses americanos. Um sucesso cujos resultados são visíveis hoje em dia.

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