terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Enfim, o reconhecimento

"Não há segurança nesse mundo; há somente oportunidade."
-Gen. Douglas MacCarthy-

Saudações, vetustos colegas. Agradeço pela oportunidade de expor algumas de minhas reflexões e, pouco a pouco, trazer ao público lusófono minha extensa obra, pouco difundida no ocidente. Minha coleção de contos 'Última Estação, Nievskaya - sexo e tiros na neve', minha novela 'A Queridinha do Czar', meu tratado teórico 'A Dialética da Canalhice' e o polêmico e aclamado 'Stalin vai à Floresta (Enquanto Sr. Lobo...)' marcam minha obra de juventude.

'Stalin...' custou-me 18 anos de vida, porém foi na Sibéria que desenvolvi meu gosto pelo futebol e iniciei a pesquisa antropológica que deu origem às minhas 'Notas para uma Teoria Geral do Futebol', obra que mesmo havendo sido editada apenas recentemente, considero já ultrapassada. Também nessa época comecei a arquitetar minha fuga para o ocidente. Não tinha muito o que fazer na Sibéria. Embora o frio inibisse nossas libidos, certamente não trazia danos ao nosso apetite nem à inventividade que corria em minhas veias hebraicas. Inventei mais de 300 sabores de sorvete, idéia que não prosperaria, no entanto em minha terra natal. Foi por isso que vendi as patentes com a ajuda da família de meu primo Robert do Alabama e fui para a Big Apple tentar o sucesso como tantos outros irmãos.

Em Nova Iorque, consegui lecionar por alguns anos na NYU literatura russa, porém fui afastado por um suposto (mas nunca provado) romance com uma aluna. Foi um tempo negro em minha vida, prolifero, no entanto do ponto de vista literário. É o que os especialistas chamaram de minha fase mais ousada. Modéstia a parte aconselho a leitura de toda a minha obra norte-americana (publicada somente em inglês e russo), sobretudo o arrebatador 'Mean Bunnies and a Confused Marshall', obra na qual delineio minha teoria da história, ainda que de maneira bastante impressionista.

Com a morte de minha esposa e o fracasso de meu primeiro livro de poesias 'Hoje sim, mas amanhã só depois das três', resolvi deixar a correria nova iorquina. Cheguei na Bahia em 95, havendo me dedicado fortemente à capoeira nos primeiros anos, o que me afastou dos escritos. Voltei a escrever somente em 2000 quando lancei a primeira 'História da Capoeira' em russo. Consegui uma coluna semanal do 'Diário de Trancoso', no qual tratava de temas gerais como futebol, cinema, literatura e costumes. Escrevi meu primeiro livro infantil 'Sexo - Uma Abordagem Multiculturalista', mas sua utilização na rede pública de ensino foi vetada, o que me colocou em profunda depressão. Voltei para o futebol, onde obtive 3 títulos metropolitanos como treinador do Esporte Clube Trancoso.

Agora volto aos meus escritos. Depois de negociações com o ilustríssimo Sr. Bueller, acertei minha participação nesse fórum. Atualmente meu foco tem sido a elaboração de uma Teoria Geral do futebol brasileiro e um acerto de contas com minha herança russa. Espero fazer contribuições relevantes e entrar em debates acalorados. Termino com uma citação de outro herói meu...

"Um autor é um tolo que, não contente em aborrecer aqueles com quem vive, se preocupa em aborrecer as futuras gerações."

-Montesquieu-

Um comentário:

Carlos Josemberg disse...

Seja bem vindo, caro Boris!

essa breve narrativa de seus feitos mais que demonstram suas qualificações para pertencer a este seleto grupo.

viva!