quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Reflexões teológicas – Parte III

Camaradas,

O tempo é o melhor amigo do sábio. Com o tempo, o sábio pode aumentar sua sabedoria. Seja com reflexão, seja com vivências, seja por uma iluminação divina. Normalmente, uma combinação complexa entre essas e outras fontes de sabedoria. Pois bem, compartilho com vocês algumas novidades sábias.



Durante as festas de final de ano fui agraciado com duas importantes lições. Bêbado, me expus a uma grande quantidade de situações perigosas, como piscinas, trampolins, balanços e galhos de árvores. Meus objetos pessoais também foram colocados sob perigo. Felizmente, não tive nenhum arranhão. Nenhum celular molhado. Nenhum óculos quebrado. Deus efetivamente protege os bêbados, desde que a Ele seja oferecido um trago. Baco é foda. Essa foi minha primeira lição.



Mais sóbrio, dias depois, decidi fazer uma boa ação para pagar meus pecados de 2008. Ao passear por uma bucólica estradinha, vi uma ovelha – a criatura favorita de Deus depois das Baratas – béééérrando tristemente pois além de presa por uma corda, estupidamente deu contínuas voltas numa árvore se auto-amarrando e se privando de qualquer possibilidade de movimento. Inspirado pelo Pastor, aquele que dedica sua vida aos outros, desprovido de auto-interesse, totalmente altruísta, percebi que ali estava minha grande oportunidade de redenção.

Animais belos e peludos como são as ovelhas precisam ser conduzidos para a terra prometida. Atividade divina na Terra, o pastoreio sempre me fascinou. Feliz e satisfeito por ter uma brecha na vida pecadora, tomei a pobre ovelha pelo laço e dei várias voltas na árvore, como se fosse uma brincadeira de roda, ou uma dança circular celta, de forma a soltar os nós que o inteligente animal tinha produzido.



Grata pela minha bondade, ao ver-se livre a criatura de Deus não hesitou em sair rapidamente a correr. E como correm as bichinhas! Com isso, ela esticou a corda até que esta raspasse por toda minha perna, mutilando meus membros e me deixando severamente avariado. O sangue correu por minha pele e ao regar o solo percebi que paguei por meus desvios de conduta.

Eis que ficou clara minha segunda lição: jamais ajudar autruistamente qualquer ser estúpido que esteja em apuros. A bondade é punida por Deus com mutilação. Veja, por exemplo, o caso de seu próprio filho. Devemos, pois, nos manter devidamente ébrios.

Tendo dito, até!

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