sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Reflexões Teológicas – Parte IV

Camaradas,

Estou inconsolável. Certa vez descrevi o Bracarense como “representação comercial do paraíso”, uma obra divina para que os pecadores terrenos pudessem sentir um pouquinho das benesses da retidão moral e, quiçá, se arrependessem e buscassem redenção. Sim, o Bracarense poderia ser entendido como uma estratégia agressiva de fidelização de clientes.


Registo de um passado perdido. O crédito da foto é de nossa sábia leitora.


O grande ativo dessa empreitada, certamente, era D. Alaíde, das mãos hábeis, que produzia quitutes deliciosos e encantadores. Verdadeiras amostras mundanas dos néctares divinos. O bobozinho e a delicinha de camarão, as especialidades, eram capazes de fazer um homem abdicar de suas certezas, uma experiência transcendental.

Acontece que Deus esqueceu de questões trabalhistas e acho que tudo ia ser feliz. Dona Adelaide saiu do Bracarense, e dizem alguns, abrirá um outro bar. Até lá estamos órfãos. O Bracarense ainda guarda seus encantos, especialmente o sanduíche de pernil. Mas os quitutes perderam sabor, vigor e principalmente amor. O bolinho de catupiri com camarão está mucho. Bobozinho e delicinha não existem mais.

É uma tragédia. Estou pagando até pelos pecados que ainda não fiz...

2 comentários:

Anônimo disse...

Ah Josemba... Pelo visto o escritório está a todo vapor, heim?! Precisamos marcar uma reunião.
Abs!

Anônimo disse...

Carlitos,

Apenas uma correção: catupiri (sic) escreve-se catupiry, com "y" no final. Como se trata ainda de uma marca própria, o erro torna-se ainda mais grave. Para mais informações: http://pt.wikipedia.org/wiki/Catupiry