sexta-feira, 20 de março de 2009

F1 e outros esportes



Camaradas, em especial Brutus,

É fato que a Fórmula 1 não pode ficar mudando as regras desse jeito arbitrário. É louvável a vontade de estimular a competição e a concorrência schumpeteriana, forçando o pessoal a tentar ultrapassar para ganhar a corrida. Não bastaria apenas mudar o sistema de pontuação. Mesmo nos tempos da pontuação 10-6-4-3-2-1 aconteceram campeões com menos vitórias que seus concorrentes.

Tradição é tradição, apesar de nem sempre ser dotada de plena sabedoria. Eu, pelo contrário, sou a favor da experimentação, ainda que com path dependence. Que venha o quadro de medalhas! E que as olimpíadas mudem de sistema, pontuando as medalhas para que os EUA possam voltar a ganhar!

Aproveitando que o assunto é esporte, gostaria de lembrar que esporte mata (leia o que já dissemos sobre isso aqui). Não há nada mais perigoso – dentro da lei e dos bons costumes – que praticar esporte. Já dizia nosso velho ídolo Dorival Caymmi. É com grande pesar que alardeio a notícia de hoje “Menina de 13 anos morre após aula de educação física no RS”.

Cuidado!

É por isso que passarei o final de semana estirado em uma rede.

Tendo dito, até!

5 comentários:

Anônimo disse...

CJ
Como a máxima vênia, gostaria de fazer dois esclarecimentos.
1. Durante a era "10-6-4" (1991 a 2002) em nenhum ano o campeão teve menos vitória que outro piloto. Isso aconteceu na temporada passada e em alguns anos pré 1991.
2. Muitos pensam que existe um um país campeão dos Jogos Olímpicos, e que o critério é esse que tanto conhecemos. Na verdade, essa competição não existe; o COI não reconhece o chamado "quadro de medalhas". Na verdade, o conhecido critério é uma espécie de convenção que a imprensa internacional adota há muito tempo. Tanto é que, nos Jogos de Pequim, um grupo de jornais e TVs dos EUA adotou um sistema de pontuação por cada cor de medalha. Reiterando, o fato é que qualquer um pode adotar o critério que quiser. O COI reconhece o indivíduo (ou time) campeão em cada modalidade, não um país campeão dos jogos.

Obrigado pelo espaço.

Abçs

Carlos Josemberg disse...

Salve Dan Marché!

Seus esclarecimentos enobressem a sabedoria de todos e engrandecessem este blog! Obrigado!

Aproveitando-me disso, gostaria de saber por que, afinal, não voltamos para a regra 10-6-4...? Será que temos medo de outro Schummy?

Tendo dito, até!

Anônimo disse...

Caro Cê Jota

A FIA, já sob o comando de Mosley, mudou do 9-6-4 para o 10-6-4 em 1991 com o discurso de que o importante era valorizar a vitória. Depois alterou para o 10-8-6 anunciando que o bom mesmo era ser regular. Esperar coerência desse pessoal é o mesmo que pedir que um esquerdista seja coerente. É impossível. Fato é que os “goodfellas” estavam se cagando de medo do Miguel levar outro campeonato em agosto, bem como dar uma esfriada no jogo de equipe. Mas tem algo mais sutil, e não é o Adrian, piloto da Force India. Esse maldito sistema introduzido em 2003 aumentou de 6 para 8 os pilotos que pontuam. É uma espécie de bolsa-família da F-1. Num campeonato disputado hoje essencialmente por equipes oficiais de fábrica, ninguém toparia reduzir a zona de pontuação e correr o risco de chegar ao final do ano com menos ou nenhum ponto. É por isso que eu acho que a volta ao 10-6-4, ou mesmo ao velho e bom 9-6-4, é quase impossível. Uma esperança seria o 12-9-7 proposto pela Fota. Esperemos 2010.

Encerrando, o saudoso J-M Balestre era a pelêmica em pessoa, mas era um homem do esporte a motor. Essas regras/propostas esdrúxulas que povoam a F-1 de hoje jamais existiriam se ele estivesse no comando. Que Deus o tenha em boa conta.

Açs

Daniel

Anônimo disse...

Concordo que esportes podem ser muito perigosos... Quanto ao bem-estar físico, existem diversas outras ações bem mais prazerozas que fazem nosso corpo liberar a tão desejada endorfina, tais como...comer chocolate.

É uma pena que vc não gosta muito, não é, Carlos?

Bjs...

Anônimo disse...

ops... quis dizer "prazerosa" (isso que dá substituirmos a escrita à mão por essas teclinhas...)

Ainda bem que sou "atriz" e não jornalista, por exemplo...rs

Bjs...