segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Interlagos e a Pussycat do Hamilton

Estou de volta!

Sim, estive por quase um ano preso num calabouço na Manchúria, mas consegui me libertar e hoje me sinto como que retornando à casa, podendo compartilhar experiências com o povo.

O assunto não poderia ser outro: GP Brasil, Interlagos. Eu, que já vivi os áureos tempos da Fórmula 1 dos carros "charutinho", no reinado de D. Juan Manuel Fangio, os anos 70, de Fittipaldi, Lauda e quetais, as emocionantes e arrojadas disputas dos 80, com Piquet, Prost, Mansell, Senna, e a Era Schumacher, não tenho dúvidas em afirmar que o dia 2 de novembro de 2008 marcou a decisão mais emocionante da história desta modalidade. E em tempos de "nunca antes na história da República", nada melhor do que poder dizer que "nunca antes na história do Esporte houve algo parecido com as duas últimas voltas de Interlagos".


Felipe Massa ganhou a corrida e levava o
campeonato... alguns segundos, Hamilton ultrapassa Timo Glock e devolve o sorriso à bela face de Sir. Charles.
Schumacher: "Nunca vivi uma coisa assim nem como piloto nem como espectador"







Antes de partir para o real assunto dessa postagem, gostaria de deixar algumas sabedorias sobre a temporada de Fórmula 1:
1. Pelo desempenho dos pilotos, o merecedor do título era Felipe Massa;
2. Pelo desempenho das equipes, a merecedora do título foi mesmo a McLaren;
3. Fernando Alonso ainda é o melhor piloto da atualidade;
4. Sebastian Vettel é muito bom. Tem 21 anos e deve fazer história na categoria, duelando por muito tempo com o também jovem Hamilton (23 primaveras) pelos títulos. Aposto no bávaro;
5.Hamilton confirmou em 2008 a impressão de 2007: fica da mesma cor do capacete na hora da decisão.

E por falar no bretão, vamos ao tema que inspira essas linhas. Durante todo o fim-de-semana, bastava o pequeno Lewis fazer alguma coisa na pista para as câmeras focalizarem sua atual acompanhante, Nicole Scherzinger, vocalista da girl´s band “Pussycat Dolls". Não vou aqui versar sobre a qualidade das letras e melodias do grupo, nem discutir a honestidade e o alto grau de saúde demonstrado pela moça Nicole em seus videoclipes (veja aqui uma das performances da moça com suas colegas. Nicole é a que se diverte com o Seu Jorge norte-americano) ou no paddock de Interlagos.




















Lewis exibe o troféu conquistado em Interlagos e o leva à festa. Depois de
umas e outras, deixa que o troféu o leve pra casa. Detalhe para a bolsa,
que denuncia todo o espírito brincalhão de Nicole...









Comprovado nesta foto. Além de
andar de cavalinho no amado,
Nicole já brincou em muitos
outros carnavais...




















Vou sim explorar um tema de maior significância e que desafiou os miolos de muitos brasileiros ao longo de todo o fim-de-semana. Que diabos significa "Pussycat Dolls"??? Alguma força de expressão ou neologismo inglês? Uma brincadeira inteligente fazendo uso de algum trocadilho infame? Ou simplesmente um nome pornográfico?

Fui aos alpharrábios. E habemus respostum!

A palavra "cat" é utilizada em inglês tanto para gato-macho quanto para gato-fêmea. Então, para diferenciar os gêneros, algum sábio do passado colocou o prefixo "pussy" para as gatinhas. Assim, "pussycat" nada mais é do que gata (bichana, para os versados em felinos).

Está, portanto, desvendado o mistério. “Pussycat Dolls” são bonecas gatas!

Antes que possam pensar os menos católicos que o antigo sábio referido acima era um tarado, devo esclarecer que ele não se apropriou de um termo chulo para diferenciar as gatinhas. O que houve foi exato o oposto: algum malandro foi lá e se apropriou do tão meigo termo "pussy" inventado para as gatinhas e passou a utilizá-lo para se referir a um dos maiores prazeres da carne (por bem, achei adequado não adicionar fotos deste prazer...).

E então, cá em terras tropicais, alguém ainda mais malandro fez a associação simples e sábia: se no mundo desenvolvido, "pussy", que denota a bichana, tem também conotação mais carnal, aqui devemos seguir o exemplo da civilização e usar alguma parte da palavra "bichana" com o mesmo intuito... nessa época, "bicha" já tinha significado, "ana" era (e ainda é) um nome próprio dos mais populares... dentre todas as outras combinações possíveis, a mais adequada foi "chana".

E assim nasceu esse apelido tão delicado e tropical... alguns gostaram tanto que passaram a nomear suas próprias filhas de "Chana"...

Tendo dito, até!

2 comentários:

Anônimo disse...

O fã clube dos beiços mais carnudos do hemisfério sul saúda o retorno de Brutus!

Viva!

E quanta sabedoria!

Anônimo disse...

Caro BH,
Movido pelo grande interesse que tenho sobre os assuntos abordados no final deste post, etimologia e pussycats, procurei em outras fontes a origem da palavra CHANA. E veja o interessante siginificado de tal vocábulo no estado do Maranhão:
"No dialeto maranhês, 'CHANA' é uma gatinha (de quatro patas!)... (diminuitivo de bichana) ex. 'Essa chana é tua... é sim... vem chaninha... chaninha... chaninha...' ao passo que o que no resto do Brasil o que se entende por chana, no Maranhão chama-se 'XIRI', que é uma coisa que os 'QUALHIRAS' não querem ver nem pintado de ouro... os qualiras são individuos do sexo masculino que não gostam de se relacionar com individuos do sexo oposto ao seu. ja a mesma definição do sexo feminino são as 'SABOEIRAS'."
Fonte: http://desciclo.pedia.ws/wiki/Maranh%C3%A3o

Atenciosamente,

Rolocirt do Ibmurom