sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

L’acqua fa male, il vino fa cantare!

Camaradas,

Sabemos todos que água faz mal. Contém uma quantidade desagradável de micróbios, bactérias e outros bichos estanhos e invisíveis. A boa saúde recomenda a esterilização. A sabedoria recomenda o vinho, afinal a verdade mora no vinho.

Hohoho, feliz natal. A família Josemberg, apesar de suas origens hebraicas, tem também tem um pezinho na Sicília. Digamos que nesses tempos natalinos poderíamos ser chamados de Josemberbergone, é uma grande festa. Aprende-se muito nessas ocasiões e eu gostaria de repartir com todos os leitores um pouco da sabedoria tradicional desse evento.

Com as mudanças climáticas por causa do aquecimento global, o calor e as brisas frescas se misturam trazendo resfriados, tosses e coceiras na garganta. Senhora minha avozinha sempre me ensinou (ah, a sabedoria dos anciãos) que para curar dor de garganta o melhor é um gargarejo com uísque. E como uísque bom não se deve jogar fora, ensinou a sábia velhinha que deve-se aproveitar que o uísque está na boca e butalo via. Correto.

Deus protege as crianças e os bêbados. Graças a Ele, e sua preferência por essas categorias, estou aqui escrevendo para vocês. Deixo na seqüência algumas fotos da festa de natal.

Tendo dito, até!


Zio Roberto, coçando os bigodes.


Eu, Zara Borborena, e meu irmão (que já está ficando careca).


Famiglia Josembergone


Zio Roberto, depois de comer umas laranjas, quis descansar no carro.


Papai Noel presenteou Albertino, o queridinho da vovó, com um peixe...


... inspirado, Albertino arranca as roupas rapidamente para pular na piscina.


Zio Roberto me ensinou: "sabe meu filho, não há nada que o azeite não consiga melhorar".


Esse Zio! Um brincalhão!



As crianças fizeram uma brincadeira de mal gosto com Zio Alfredo...

... fizeram ele dormir junto com o cavalo-de-estimação...

... ele ficou bem chateado!


Eu ensinando a prima Catarina a dirigir


Eu e Zara conversando


Zara, comigo ao fundo, acompanhado pelos camaradas

Licence to Kill (1989)



James Bond é um assassino. Frio, cruel e violento. Roger Moore tinha nos feito esquecer disso, mas Timothy Dalton faz questão de lembrar a todo momento. É um homem bruto, depressivo, vingativo.


Miss Moneypenny. Lindos óculos dos anos 1980

Minha principal impressão foi a brutalidade e violência: pessoas sendo comidas por tubarões, queimando vivas, trituradas em máquinas... coisa bem agradável.


A namoradinha, da CIA, mexendo o vodka-martini

Em 1989 a guerra fria estava totalmente gelada. A queda do muro foi o sinal mais marcante. Bond, então, dedica-se a uma função pessoal. Seu senso de dever é mais forte que sua dedicação ao serviço secreto e, por vingança, vai atrás de um chefão do tráfego de drogas, perdendo a permissão para matar e se desligando do MI6.


Bond, a serviço do vilão, antes de explordir tudo. Repare no jovem Benício Del Toro, como capanga

O cara é tão malandro que acaba trabalhando para o próprio traficante e, de dentro da organização, trama para explodir tudo. E ainda dorme com a namorada do sujeito!


A namorada do vilão... acaba na cama de Bond

Mas, como prenúncio da era politicamente correta, Jimmy escolhe ficar com uma só, a assistente da CIA, Pam Bouvier.


Pablo Escobar, na versão cinematográfica


São os tempos...


difícil escolher...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Grandes Liçõs: O Casamento

Senhores,

Em linha com nosso último post, a série Grandes Lições hoje se reclina sobre a temática do Casamento. O homem, hoje com telefones celulares e microondas, sabe realmente quando está pronto para casar? Quando encontrou a mulher certa? Decisão complicada, não?

Este vídeo educativo busca esclarecer estes pontos com muita sabedoria.
Aproveitem.

Tendo dito, até!


sábado, 20 de dezembro de 2008

Grandes Lições: O Capitalismo

Senhores,

Tem início neste post a série Grandes Lições da História. Ela tem como intuito acolher os grandes temas da humanidade em pequenas palestras, de forma didática e imparcial.

Para começar, que tal descobrirmos o que é o capitalismo, entender como ele funciona e quais seus méritos? Sem mais delongas, deixo-lhes com o Prof. Clifton L. Ganus, jovem professor do Harding College, Arkansas, que ministrará a meu pedido seu memorável "A Look at Capitalism".


quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Cassino Royale (1967)

Meus caros leitores, mais uma vez faço uma quebra na seqüência das resenhas dos filmes de 007 para comentar esse belo exemplar satírico, não produzido pela família Brocolli. A história é baseada no livro de Fleming homônimo, na qual James Bond precisa vencer Lê Chiffre, um exímio jogador que está tentando fazer dinheiro no cassino para pagar umas dívidas com sua própria organização criminosa.


Sir James é convencido a voltar à ativa pelos líderes dos serviços secretos

Entretanto, a história fica bem mais complicada, iniciando com os chefes dos serviços secretos inglês, americano, soviético e francês indo à casa do já velho Bond pedir-lhe que volte para mais uma missão.


As muitas filhas de M sabem receber seus hóspedes...



David Niven é o velho Bond. Sensacional. Impagável. Ele reclama que o serviço secreto nomeia outros agentes com seu nome e número só pra assustar os adversários. E que os novos agentes tornaram seu nome um sinônimo de garanhão bruto. Perderam a elegância e a inteligência...


"Moneypenny, você não mudou nada!" - "Eu sou a filha da Sra. Moneypenny"

Para ajudá-lo, são recrutados diversos companheiros, incluindo outros 007s, um interpretado por Peter Sellers (com habilidades de jogador) e Terence Cooper, como uma versão galanteadora, porém imune ao charme feminino. Sem mencionar a presença estonteante de Deborah Kerr, como viúva de M, Ursula Andress como Versper Lynd (a agente traidora), Bárbara Bouchet, como a filha de Moneypenny, Daliah Lavi, Angela Scoular (que aparece como Ruby em On Her Majesty Secret Service) e Joanna Pettet, como Mata Bond – filha de James com a espiã Mata Hari.


Jimmy Bond explicando que seu médico não recomenda que lhe perfurem as víceras.

Do lado inimigo, um outro grande elenco, começando por Orson Welles, no papel de Lê Chiffre, Woody Allen como Jimmy Bond, o sobrinho esquisito do espião que é líder da organização SMERSH, Jaqueline Bisset, como agente da SMERSH.


Sellers e Andress, discutindo técnicas de bacará

Destacam-se ainda as presenças de John Houston, Jean-Paul Belmondo, Peter O’Toole e, pela primeira vez, Angélica Houston.


Sir James é capaz de paquerar a própria filha


Moneypenny Jr. testa as habilidades de Cooper, para fingir-se 007

Bem, o melhor do filme são as sátiras, algumas mais explícitas, outras mais escondidas (como as mulheres banhadas a ouro que saem do armário), que são difíceis de relatar em palavras. Deixo alguns destaques do youtube, como o trailer, a cena da luta no castelo, e a seqüência final, hilária.


Agente da SMERSH, sugerindo champanhe para Bond

É bom pra se acompanhar com uma boa dose de uísque.


Le Chiffre, e algumas amigas

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

The Living Daylights (1987)



Connery era bruto e cômico. Lazemby o imitou. Moore era um playboy irônico. Timothy Dalton é a versão de James Bond mais violenta, sombria e cruel. Dá até pra acreditar que esse homem é um assassino.


Existe alta correlação entre os filmes de 007 com carros legais e os meus filmes de 007 favoritos. Nesse caso, uma versão nova do Aston Martin, equipada com esquis de neve.


Estou na bucólica residência de campo dos Josemberg, ouvindo os sapos coaxarem. É muito interessante como eles começam sua composição coletivamente, todos cantando ao mesmo tempo, em harmonias curiosas e relaxantes. Sem aviso, todos interrompem a música ao mesmo tempo. Subitamente. Depois de alguns minutos, voltam, sem razão ou anúncio.


Se se carro está em chamas caindo de um penhasco, é melhor sair voando...


Voltemos a James Bond. Eu gosto de Timothy Dalton, mais do que a maioria dos críticos. É de fato um reflexo de seu tempo, os tristes, sombrios e chatos anos 1980. A AIDS já era assunto e, por isso, Jimmy acaba se dedicando apenas a uma garota, a violoncelista Kara. É verdade que logo na seqüência inicial (eletrizante perseguição em Gilbratar) Bond acaba aterrisando num iate com uma entediada morena, ávida por um “real man” que literalmente cai do céu. (Nota dos curiosos, nessa cena Dalton repete uma frase típica de Connery: “make it two”, sobre as horas necessárias até chegar no escritório...).


"I'll be at office in one hour. Better make it two."


Então, voltemos à Kara. Em alguma outra oportunidade eu já elogiei a beleza de Myrian D’Abo. A atriz é delicada, sem parecer sonsa. É a primeira intelectual que Bond conhece. Exímia violoncelista, ela toca um Stradivarius que ganhou de presente do vilão. Por acaso, o violoncelo acaba levando um tiro durante uma perseguição na neve, na qual o casal vinte foge sentado na caixa do instrumento de uns soviéticos maldosos, até conseguir cruzar a fronteira com a Áustria.


Bela e culta.


Gosto muito desse filme por seu “realismo” pouco comum aos filmes de 007. A trama consegue até fazer algum sentido e ser minimante convincente. Naquele tempo, a abertura da Perestroika já permitia alguma aproximação com o mundo socialista e, curiosamente, tudo se passa numa trama entre um traidor soviético e um mercenário americano que contrabandeiam armas.


"Eu sou um grande ator shakespeariano. Mas a grana apertou e aceitei essa tarefa ingrata..."


Gosto das cenas no deserto do Afeganistão, Bond é ajudado por uma versão carismática do Osama Bin Laden na luta contra os soviéticos. Naqueles tempos, vale lembrar, quem tentou invadir o Afeganistão foi a URSS.


Ser espião é saber se disfarçar...


Eu gosto de Dalton, por ser diferente. Por ser violento. Por ser frio. Por ser depressivo. Remete imediatamente aos livros originais de Ian Flamming (coisa que Dan Craig está fazendo de novo). Mas gosto dos filmes dele mais como uma curiosidade, como tudo nos anos 1980, que merecem ser lembrados como curiosidade...


Esportes radicais, usando instrumentos eruditos.

Jabuticabeiras

Camaradas,

Há muito que se desenrola um intenso debate entre eu e Léon sobre a natureza das jabuticabeiras (ou seria "jaboticabeiras"?). A questão é sobre a existência ou não de uma época específica em que os frutos nascem.

Como é sabido por todos, inclusive os sábios, as jabuticabeiras são árvores símbolo desse nosso belo país. São nativas e, como tudo brasileiro, dão jeitinhos especiais: as frutas nascem diretamente no tronco!



Hoje resolvi nosso velho dilema: existe dois tipos de jaboticabeiras. As pequenas (que não ficam muito altas) e dão jaboticabas o ano inteiro (mas são frutas bem pequenininhas) e as grandes, que ficam enormes (mais de 6 metros) e só dão jaboticabas uma vez ao ano. O fruto, nesse caso é maior.

Está resolvida a questão. Viva a concórdia.

Tendo dito, até!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Enfim, o reconhecimento

"Não há segurança nesse mundo; há somente oportunidade."
-Gen. Douglas MacCarthy-

Saudações, vetustos colegas. Agradeço pela oportunidade de expor algumas de minhas reflexões e, pouco a pouco, trazer ao público lusófono minha extensa obra, pouco difundida no ocidente. Minha coleção de contos 'Última Estação, Nievskaya - sexo e tiros na neve', minha novela 'A Queridinha do Czar', meu tratado teórico 'A Dialética da Canalhice' e o polêmico e aclamado 'Stalin vai à Floresta (Enquanto Sr. Lobo...)' marcam minha obra de juventude.

'Stalin...' custou-me 18 anos de vida, porém foi na Sibéria que desenvolvi meu gosto pelo futebol e iniciei a pesquisa antropológica que deu origem às minhas 'Notas para uma Teoria Geral do Futebol', obra que mesmo havendo sido editada apenas recentemente, considero já ultrapassada. Também nessa época comecei a arquitetar minha fuga para o ocidente. Não tinha muito o que fazer na Sibéria. Embora o frio inibisse nossas libidos, certamente não trazia danos ao nosso apetite nem à inventividade que corria em minhas veias hebraicas. Inventei mais de 300 sabores de sorvete, idéia que não prosperaria, no entanto em minha terra natal. Foi por isso que vendi as patentes com a ajuda da família de meu primo Robert do Alabama e fui para a Big Apple tentar o sucesso como tantos outros irmãos.

Em Nova Iorque, consegui lecionar por alguns anos na NYU literatura russa, porém fui afastado por um suposto (mas nunca provado) romance com uma aluna. Foi um tempo negro em minha vida, prolifero, no entanto do ponto de vista literário. É o que os especialistas chamaram de minha fase mais ousada. Modéstia a parte aconselho a leitura de toda a minha obra norte-americana (publicada somente em inglês e russo), sobretudo o arrebatador 'Mean Bunnies and a Confused Marshall', obra na qual delineio minha teoria da história, ainda que de maneira bastante impressionista.

Com a morte de minha esposa e o fracasso de meu primeiro livro de poesias 'Hoje sim, mas amanhã só depois das três', resolvi deixar a correria nova iorquina. Cheguei na Bahia em 95, havendo me dedicado fortemente à capoeira nos primeiros anos, o que me afastou dos escritos. Voltei a escrever somente em 2000 quando lancei a primeira 'História da Capoeira' em russo. Consegui uma coluna semanal do 'Diário de Trancoso', no qual tratava de temas gerais como futebol, cinema, literatura e costumes. Escrevi meu primeiro livro infantil 'Sexo - Uma Abordagem Multiculturalista', mas sua utilização na rede pública de ensino foi vetada, o que me colocou em profunda depressão. Voltei para o futebol, onde obtive 3 títulos metropolitanos como treinador do Esporte Clube Trancoso.

Agora volto aos meus escritos. Depois de negociações com o ilustríssimo Sr. Bueller, acertei minha participação nesse fórum. Atualmente meu foco tem sido a elaboração de uma Teoria Geral do futebol brasileiro e um acerto de contas com minha herança russa. Espero fazer contribuições relevantes e entrar em debates acalorados. Termino com uma citação de outro herói meu...

"Um autor é um tolo que, não contente em aborrecer aqueles com quem vive, se preocupa em aborrecer as futuras gerações."

-Montesquieu-

Novo Sábio

Senhores,

Os grandes sábios surgem nos momentos de crise com idéias geniais e revolucionam o mundo.

Apresento-lhes um novo colega, o sábio Boris Zimmerman. Ele irá colaborar com nosso blog através de insights geniais sobre a dinâmica da história, a grande teoria do futebol e os problemas do homem moderno (quantas lâminas deve ter um o barbeador, duas, três?).

Seja bem-vindo, Boris!
Tendo dito, até.

Novo Layout

Sábios, cavalheiros, senhoras

Estamos trabalhando para que o blog esteja cada vez maior.
O layout foi reformulado. A rádio sábia agora toca somente quando requisitada.
Temos agora uma lista das tags mais acessadas, lista de blogs sábios, além de grandes citações.

Em especial, há o link ao lado para acompanhar a série de ensaios sobre os filmes da Ian Fleming, trabalhadas pelo camarada Josemba.

Esperamos que gostem.
Sem mais!
Felix

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Octopussy (1983)



007 assume seu caráter escrachado, de um humor pouco sofisticado e bastante raso. Eu não gosto desse filme, a não ser por detalhes muito curiosos. Comecemos pelo que não gosto.


James, em campanha de aumento salarial.

As piadas são infames. James se disfarça de gorila, de jacaré e de palhaço. Além disso, numa cena na selva, salta pendurado num cipó gritando como Tarzan. É uma referência evidente a Indiana Jones, filme que se inspira e parodia o próprio 007, mas que, depois de tanto sucesso, retroalimenta sua origem e também marca alguns momentos de Bond. A cena na selva e a seqüência de lutas incríveis nas ruas de Déli (Índia) são claras marcas da força que os filmes de Spielberg e Lucas tiveram sobre os de Brocolli.


Jimmy, fugindo de um míssil Heat Seeker

Não é demais lembrar que o início dos anos 1980 foi marcado por dois tipos básicos de herói: Rambo e Indiana Jones. James Bond, que nunca foge ao seu tempo, aproximou-se mais do último, graças a Roger Moore, nessa altura já um senhor. É claro que não é possível imaginar um Rambo com a sofisticação de Bond, mas o tempo foi suficiente para inventá-lo, com a chegada de Dan Craig. Deve-se lembrar também que Luke Skywalker, (a essa altura terminando a trilogia Jedi) não é um tipo muito inspirador. Han Solo, por outro lado, é malandro como James Bond e Indiana Jones.


Bond, disfarçado de cubano.

Outra coisa que não gosto é a estrutura elementar da trama. Como em muitos outros filmes da série (e já comentei isso aqui) 007 é mandado para investigar algo aparentemente simples, porém suspeito, que é apenas a ponta de um sofisticado plano para destruir/dominar/alterar a ordem do mundo. Ou seja, o serviço secreto não tem a menor idéia do que está por acontecer, mas graças a um erro ou capricho do vilão, acaba chamando atenção e Jimmy vai lá e salva o mundo na última hora.


Chegada sorrateira ao castelo do vilão.

A trama dessa vez envolve uma contrabandista de jóias (algo parecido com Diamantes São Eternos), que está associada a um grande vilão magnata e um general soviético megalomaníaco. O plano deles é explodir uma bomba nuclear em Berlim Ocidental e, com isso, incentivar o desarmamento no ocidente, o que viabilizaria uma invasão soviética na Europa.


Magda é uma isca do vilão. Mas no fim ela se arrepende e ajuda o mocinho...

Tempos interessantes aqueles. Enquanto Regan apertava as coisas, a opinião pública do “mundo livre” ansiava pelo desarmamento. Os líderes soviéticos eram velhacos que se sucediam rapidamente e não conseguiam solucionar os problemas internos do mundo socialista. Poucos meses depois, Gorbachev apareceu...


Comitê estratégico soviético. O vilânico general maluco rivaliza com gen. Gogol, o ponderado e mulherengo líder socialista que aparece em vários filmes de 007.

Admito que, com exceção desses comentários, eu gosto dos detalhes do filme. Jimmy está muito maduro. Moore quase foi substituído nesse filme, mas o lançamento do “007 paralelo” Never Say Never Again (a ser comentado), com Sean Connery, adiou os planos de um novo Bond. Com isso, a bondgirl também é a madura – e linda – Maud Adams, interpretando Octopussy, a líder de uma organização só de mulheres lindas que contrabandeia jóias e vive num castelo flutuante, guerreiras como as Amazonas, num rígido regime espiritual e de valores. Lembro que Maud Adams já havia participado do filme The Man With the Golden Gun, sendo a amante do vilão. É o único caso de uma atriz que interpreta duas bondgirls.


Maud, a madura Octopussy.


Indiana Jones se encontra com Sra. Oitogatos.

Por falar em maturidade, Moneypenny interpretada por Lois Maxwell, já estava anunciando sua aposentadoria e apresenta sua nova assistente, a bela Penélope Smallbone. Essa idéia foi abortada, sendo que no filme seguinte Maxwell aparece pela 14ª, e última vez, mas no 15º filme a personagem volta, interpretada por uma nova atriz.


Smallbone e Moneypenny, suspirando a chegada de 007.



Um novo ator para o velho M. Presenteando seus amigos na semana da páscoa.

Por algum motivo curioso, é nesse filme que o personagem Q faz mais aparições, tendo bastante importância na trama dando suporte a Bond em várias tarefas. Além de fornecer brinquedinhos, também fica pescando à espera do retorno de Jimmy à ilha da maravilha (QG de Octopussy) e, por fim, dirige um discreto balão que transporta o herói até a seqüência final de ação.




Q é recebido pelas octopusetes..


Tv de plasma no relógio. Com programação adulta.


Momento metalinguístico.

Quem foi substituído nesse filme foi o tradicional ator Bernard Lee, interprete de M, que morreu em 1981 e já não havia participado no filme anterior. O papel coube a Robert Brown, que na verdade parece interpretar a mesma pessoa e não um novo chefe do serviço secreto. Tal mudança só aconteceu em 1995, com a chegada de uma nova M, dessa vez mulher, interpretada por Judi Dench.


Jimmy andando de trem...


... e de avião. Parece que ele não gosta de pagar passagem.

O feminismo, porém, não precisou esperar os anos 1990. Apesar da liberação sexual ainda experimentada por Bond (numa média de três a quatro amigas por filme, até a chegada de Timothy Dalton), a organização de Octopussy é uma clara alusão ao poder feminino. A seqüência final de ação é protagonizada por suas mulheres dando surras nos vilões, depois que Bond mostra a elas que estavam sendo enganadas em sua associação original. Não há nada mais violento que mulheres traídas...


El Comandante!

Entes de acabar, gostaria de destacar a presença ilustre de Fidel Castro logo na cena inicial, quando Bond destrói uma base militar em Cuba, enquanto acontece algum evento eqüestre com a presença do Comandante. Para essa tarefa, Jimmy conta com a ajuda de Bianca, uma personagem meio desconhecida, que lembra Paula Kaplan em beleza e função.


Bianca, sempre disposta a ajudar as missões mais difíceis.

Por fim, o toque de realizmo é dado pelo fato de Bond se machucar todo depois da aventura. A cena final é marcada por ele estar todo amarrado e engessado, ganhando beijos de Octopussy...


Jimmy também é humano